Itália mostra, na etapa paulista dos roadshows I Love Italian Wines, o melhor de sua produção vitivinícola em cerca de 500 rótulos

A etapa na capital paulista dos roadshows I Love Italian Wines, realizada no dia 10/9, no Hotel Unique, encantou os presentes. Foram 55 empresas – entre importadores e vinícolas italianas, algumas das quais inéditas no Brasil – que apresentaram cerca de 500 rótulos do melhor da produção vitivinícola italiana para os presentes. 

O evento já tinha acontecido no Rio de Janeiro e se encerrou no dia 12/9 em Belo Horizonte. O cônsul-geral da Itália em São Paulo, Domenico Fornara, abriu a etapa paulistana dos roadshow e resumiu em poucas palavras o atual bom momento dos vinhos italianos no mercado brasileiro.

O momento atual é favorável para investimentos e para a abertura de novos mercados para a Itália. O setor enogastronômico é um dos mais importantes e prova disso é o crescimento de 10% na importação de vinhos italianos para o Brasil ocorrida no último ano. E se o acordo do Mercosul com a União Europeia for ratificado, isso vai impulsionar ainda mais o comércio bilateral entre o Brasil e a Itália
Domenico Fornara, cônsul-geral da Itália em São Paulo

Os roadshows são organizados pela ICE – Agência para a promoção no exterior e a internacionalização das empresas italianas / Departamento para a promoção de intercâmbios da Embaixada da Itália (ITA – Italian Trade Agency) em parceria com a Milanez & Milaneze – empresa brasileira controlada pela VeronaFiere, responsável pela Vinitaly, em Verona (Itália), e a Wine South America, em Bento Gonçalves (RS), duas das principais feiras mundiais dedicadas à promoção da produção vitivinícola.

Esse é o quarto ano em que realizamos os roadshows, uma oportunidade única de apresentar os vinhos italianos ao mercado brasileiro e espero que vocês gostem e realizem bons negócios
Milena Del Grosso, diretora da Agência ICE para o Brasil

Uma viagem na masterclass

Fora a diversidade e a qualidade dos vinhos apresentados, outro destaque foram as masterclasses conduzidas por Jorge Lucki e Marcelo Vargas. O Portal Mesa de Bar esteve presente na proferida por Lucki, um dos mais respeitados críticos de vinhos do Brasil, autor de livros como A Experiência do Gosto e membro da Académie Internationale du Vin. Lucki selecionou doze rótulos para uma incrível viagem de degustação por diferentes regiões da Itália. Confira:

De Marche, a escolha de Lucki recaiu sobre o Ciró DOC Rosso, proveniente da Calábria, muito perfumado, encorpado, ligeiramente tânico e ainda pouco conhecido no Brasil, trazido pela DéJávino, que também é o caso do Falconaro Isola dei Nuraghi IGR Carignano 2020, originário da Sardenha, um vinho com notas de frutas vermelhas – ameixa e cereja preta -, nuances de especiarias e um leve toque terroso importado pela Europa Distribuidora.

Outro destaque da apresentação de Lucki foi o Etna Rosso Pietradolce 2022, produzido na região da encosta do vulcão Etna, na Sicília, e que tem aroma de frutas do bosque, cereja, ervas e raízes, com notas de defumado e leve toque salino. Esse rótulo é importado pela Italy Import, empresa do ex-goleiro da seleção brasileira de futebol, Cláudio Taffarel.

De Abruzzo foram apresentados dois vinhos: Montepulciano d’Abruzzo DOP Rubi, que se evidencia por seu aroma combinando frutas vermelhas maduras, nuances de alcaçuz, cravo e cacau, importado pela Pasta Itália. Um vinho forte, alcóolico e de uma cor rubi apaixonante. E o Montepulciano d’Abruzzo DOC Riserva Piandimare Monolith, cuja essência tem notas de cereja com toques de baunilha, tabaco e alcaçuz.

Lucki escolheu ainda o Vigilius Teroldego Rotaliano DOC 2021, com bouquet intenso de notas balsâmicas e especiarias, proveniente da região de Trentino-Alto Ádige. O Barbaresco DOCG 2021, originário do Piemonte, é uma rica combinação de frutas vermelhas, pimenta verde, canela, noz-moscada, amadeirado, avelã, baunilha e anis. O Brunello di Montalcino DOCG 2020, vinho da Toscana, tem aroma de frutas vermelhas maduras, como cereja e amarena, com notas de geleia, baunilha de leve tostado e amadeirado, importado pela Winepass.

O Taurasi DOCG, rótulo produzido na Campânia, apresenta notas de frutas vermelhas silvestres, e um final amadeirado trazido pela Vinífera Import. E, por fim, o Amarone della Valpolicella Ansari DOCG, originário do Vêneto, combina notas frutadas de groselha preta, mirtilo, cereja madura, ameixa, figo com notas de café e pimenta. O método de appassimento intensifica os sabores, o teor alcóolico e sua sofisticação. Um Amarone clássico trazido pela Sicilianess.

Depois desse passeio por tintos excepcionais, Lucki confidenciou que, atualmente, a Itália produz mais vinhos brancos do que tintos. E ousou ao apresentar depois dos tintos dois ótimos rótulos: o Bianco Marche IGT Guerriero del Mare, um vinho de aromas frescos e delicados de flores brancas, frutas cítricas, damasco, maçã verde e um leve dulçor amadeirado trazido pela Italy’s Wine. Lucki encerrou a degustação com o Jermann Vinnae Ribolla Gialla 2022, da Friuli Venezia Giulia, um branco seco, leve, com perfume de frutas frescas, notas minerais e um leve amadeirado importado pela Berkmann Brasil.

A segunda masterclass

A segunda masterclass reuniu vinhos premiados pelo Merano Wine Festival e foi conduzida por  por Marcelo Vargas, um dos mais premiados sommeliers e educadores do Brasil, com a colaboração de Karine Souza, Wine Hunter Ambassador do evento.

Vargas escolheu seis rótulos: Grumarello Carmignano Riserva DOCG, um vinho da Toscana, com aroma de violetas, ameixas e notas de baunilha. O Frupa Piedirosso Pompeiano IGT, proveniente da Campânia, que exibe um bouquet de frutas vermelhas com notas florais, herbais e terrosas. E o Montefalco Sagrantino DOCG, originário da Umbria, que combina notas balsâmicas e frutas vermelhas maduras, acompanhadas de especiarias e toques de couro.

Do Piemonte, Vargas selecionou o Barbera d’Asti DOCG Superiore Ciabot d’la Mandorla, que tem aroma de rosas e notas de eucalipto, frutas vermelhas e especiarias. O Cerasuolo di Vittoria DOCG, um vinho da Sicília, com nota de frutas vermelhas frescas (cereja, framboesa e romã) combinadas a toques florais. E finalizou com o Frugifero Primitivo Salenti IGT, que vem da região de Puglia e combina notas de frutas, como figo e ameixas, com noz-moscada e alcaçuz.

Sala de degustação

O evento preparou uma sala de degustação incrível, com mais de 50 produtores expondo cerca de 500 rótulos para prova, troca de experiências, networking e negócio. Iniciamos nosso tour pelo estande da Casa Mediterrânea que trouxe ótimas novidades.

Começamos com o Valle Jato Grillo Sicília DOC, da Di Bela, um vinho branco fresco, com aromas florais e sabores incríveis de frutas amarelas e um final extremamente mineral. Da linha Mediterraneo degustamos o Bianco Puglia IGP, um vinho leve, frutado, floral, mineral e fácil de agradar. O Nero di Troia é feito de uma das três principais variedades de uvas tintas associadas, claro, à antiga cidade de Troia, localizada no norte da Puglia. Acredita-se que a variedade tenha sido trazida pelos gregos ou pelos fenícios há séculos. O certo é que é um vinho intenso, encorpado, com aquele sensorial de frutas vermelhas maduras e um toque de tabaco e especiarias.

Da histórica Tenuta di Artimino, na Toscana, provamos o Poggilarca, um vinho tradicional da região de Carmignano, intenso, elegante e complexo, com sensorial de frutas vermelhas, especiarias e um toque de baunilha. E nos surpreendemos com um ótimo Cabernet Franc, que mostra a qualidade da vinícola em elaborar outras variedades de uvas.

Hora de um belo Brunello Di Montalcino da Cantina Abbadia Ardenga. A melhor expressão da da sangiovese desta icônica região. Este tem notas de frutas silvestres, cerejas e um toque de especiarias. É um vinho encorpado, com um final elegante e persistente. Da vinícola Rossaquercia provamos um Chianti Classico feito das uvas sangiovese e canaiolo nero. Um ótimo vinho que faz a gente sonhar um uma bela massa para acompanhar.   

Foi a vez do Appassimento Metodo Lenta Fermentazione da vinícola San Marco da Puglia. Elaborado das uvas primitivo e negroamaro, ele tem corpo médio e um sensorial de frutas vermelhas maduras, ervas e um toque de especiarias e de passas doces, em função das uvas parcialmente secas que são utilizadas para sua elaboração (appassimento).

Deu saudades e provamos outro excelente Brunello Di Montalcino, o EREMVS da Cantina Patrizia Cencioni. Um vinho aromático de grande estrutura e elegância e ao mesmo tempo com taninos e mineralidade harmoniosas e muito persistente. Um motivo de orgulho para a região da Toscana.

Pausa para um espumante clássico Brut italiano da região de Franciacorta, o Nitens produzido pela vinícola Le Marchesine usando as uvas chardonnay, pinot bianco e pinot nero, com 25 meses de refinamento que deram a ele notas cítricas e minerais e um final cremoso bem agradável. Engatamos o Marchese Montefusco Pinot Grigio Terre Siciliane da vinícola Cantine Ermes. Um vinho de muito frescor, com notas de pera, maça verde e pêssego e um leve limão no final.

Da vinícola Tenute Orestiadi, na Sicília, provamos o Adeni Perricone, um tinto clássico do sul da Itália com sensorial de frutas vermelhas, ervas e um ligeiro mentolado. Um vinho sedoso, muito interessante. Da vinícola Arione, do Piemonte, degustamos o Contessa di Castiglione Roero Arneis DOCG, um vinho branco leve, aveludado, frutado, com notas de camomila. Na sequência provamos um Amarone della Valpolicella Le Preare, da Cantina di Negrar, do Veneto, elaborado com as uvas corvina, rondinella e corvinone, com 24 meses de maturação em barricas de carvalho e mais oito meses em garrafa. Um vinho elegante, complexo e intenso, com notas de frutas pretas e especiarias.

O Sesterzo Orcia Sangiovese, da vinícola Poggio Grande, é um sangiovese toscano clássico, daqueles que não tem o que dizer. Maduro, equilibrado, frutado… excelente! Passamos para o Piemonte, para degustar da vinícola Massimo Rattalino o Nine, 100% cortese, sem passagem por barricas. Um vinho branco intenso, com notas cítricas, bem pêssego e um final herbáceo, aveludado e persistente. Da mesma vinícola provamos o Quarantadue42 Barbaresco DOCG feito de uvas nebbiolo. Um vinho marcante, com um sensorial de cacau e amadeirado, provenientes de seus 24 meses de maturação em barricas de carvalho, bastante acidez e um final longo.

Passamos para o Nero d’Arcole, da vinícola Bixio Poderi, no Veneto. É um blend de cabernet sauvignon e merlot que matura por um ano, metade em barricas de carvalho e outra metade em carvalho eslavo. Um vinho frutado, maduro, com notas de baunilha e um leve amadeirado. Suavizamos com o Vermentino produzido pela vinícola Podere Rubino, um vinho branco com um sensorial floral, com notas de pêssego, bem fresco e saboroso.

O Rosso Cinabro Orcia DOC é feito praticamente de sangiovese grosso, com apenas 10% de colorino, da Azienda Agricola Loghi da região de Montalcino, na Toscana. Matura por quatro meses em barricas de carvalho esloveno e depois estagia em garrafa por mais 36 meses. Um vinho frutado, cremoso, com destaque para cereja com notas balsâmicas.

Passamos para o Riello delle Balze Vino Nobile di Montepulciano DOCG, da Vecchia Cantina, um blend de sangiovese, mammolo e colorino que matura por 24 meses em barricas de carvalho francês. Um vinho com sensorial intenso de frutas vermelhas, com notas de cogumelo e especiarias.

Pausa para um trio de respeito da vinícola Gozzelino. O Luigi Grignolino d’Asti DOC é elaborado com 100% de uvas grignolino sem passagem por madeira. Apresenta um ótimo frescor, intensificando os aromas de rosa e os sabores típicos da uva, com notas de ameixa e cereja. O Primavera Barbera d’Asti é um Barbera jovem, fresco, porém encorpado, com forte presença de frutas vermelhas e amêndoas. E por fim o Ciabot D’La Mandorla Barbera d’Asti DOCG Superiore, um vinho complexo, intenso, potente, encorpado, feito 100% com uvas barbera, com notas de frutas vermelhas e cravo e um final elegante e saboroso.

Hora de um Bardolino da Tenuta la Presa, do Veneto, perto do lago de Garda. É um blend de corvina, rondinella e com pequenas porcentagens de molinara e sangiovese. Bem frutado, com notas de cereja, morango, pêssego e especiarias, com apenas um tempo leve em barricas para suavizar. Voltando para a Toscana, experimentamos o Belvento Sangiovese da vinícola Petra. Um sangiovese típico, envelhecido em barris de carvalho por 12 meses, de corpo médio, sensorial frutado de cereja, esfumaçado e boa sensação alcóolica.

Da vinícola Ca’ Bolani, do Friuli, experimentamos o ótimo Cabernet Franc, um vinho de corpo médio, seco, mas macio, frutado com toques de baunilha e especiarias. Já o Morellino di Scansano, da vinícola Col di Bacche, na Toscana, é um blend de sangiovese (90%) e syrah, cabernet sauvignon e merlot (10%), com um agradável frutado, pouco amadeirado e um final levemente picante. Destaque para seu bom custo/benefício.

Passamos para o Chianti Colli Senesi Riserva DOCG, da vinícola Poderi del Paradiso, também da Toscana, um 100% sangiovese, envelhecido em barris de carvalho por 12 meses, de corpo médio, com sensorial de cerejas e toques de amadeirado, minerais e de especiarias. Em seguida provamos o Stallone Susumaniello Salento IGP, da Cantolio Manduria na Puglia, 100% susumaniello, de vinhas velhas e de cachos generosos, com seis meses de maturação em carvalho francês que dá a ele uma intensidade de frutas vermelhas, com toques minerais que remetem ao solo vulcânico de seu terroir.

O Le Forconate Ràsole é um vinho tinto especial da vinícola Barbanera na Toscana. Ele é um blend supertoscano de sangiovese com cabernet sauvignon, petit verdot e merlot, encorpado, com notas de frutas vermelhas, especiarias e um final persistente.

Outro ótimo vinho é o La Fiorita Rosso di Montalcino, feito com uvas sangiovese dos vinhedos Brunello de Montalcino e La Fiorita. Envelhecido por 20 meses, sendo que 10 meses de carvalho francês e 10 meses em concreto. Um vinho com sensorial de frutas vermelhas e especiarias, um leve floral com notas de tabaco, ervas e mineralidade.

Pausa para um Inusuale, da vinícola Inserrata, um vinho branco da Toscana para relaxar. Um sangiovese floral, cítrico, que lembra pêssego e damasco, fresco com um final de baunilha. E tem um rótulo bem artístico… O Nero di Troia da vinícola Terrecarsiche 1939, na Puglia, é aromático, de intenso sabor de frutas vermelhas maduras e ao mesmo tempo suave e levemente picante no final.

Da Lombardia provamos o Fiori di Sparta Sforzato di Valtellina, da vinícola La Grazia, feito de uvas nebbiolo. Um vinho potente, com notas de frutas vermelhas maduras, de cogumelos e um amadeirado levemente defumado. E para finalizar nosso tour pelos incríveis vinhos italianos provamos da vinícola Sorrentino o Vesuvio Vigna Lapillo Lacryma Christi Bianco DOC Superiore, um blend das uvas autóctones caprettone, greco e falanghin vindo de terroirs na encosta sul do Monte Vesúvio na Campânia. O nome deriva do solo vulcânico rico em lapilli (pedras vulcânicas) dessa vinha, o que confere ao vinho aromas e um sensorial cítrico, floral e uma mineralidade característicos.

Empresas participantes

Do Abruzzo vieram vinhos produzidos por Cantina Tollo, Crea Vini e Novaripa. A Calábria foi representada pela La Pizzuta del Principe, enquanto os vinhos da Campânia vieram de Le Lune del Vesuvio, Societá Agricola Bellaria, Societa Agricola Nativ e Sorrentino.

Vinhos do Friuli Venezia-Giulia foram destaques das empresas Tacoli Asquini, I Feudi di Romans e Valpanera. O Lazio foi representado pela Cantina Leonardi, a Lombardia, pela Aziednda Agricola Monzio Campagnoni e a Marche, pela Tenuta Barbarossa.

Seis empresas apresentam vinhos da Toscana: Avignonesi, Castello di Verrazzano, Col d’Orcia, Inserrata, Menicucci Firenze 1689 e Tenuta di Artimino. Já o Piemonte enviou vinhos da Azienda Agricola Gozzelino e Cantina all’Insu.

Cantina Sociale di Manduria, Carvinea e Felline apresentaram vinhos da Puglia, enquanto Valle delle Ferle, da Sicilia.

Algumas empresas possuem estabelecimentos em várias regiões e apresentaram uma seleção de vinhos de cada uma delas. Foi o caso de Argea (Piemonte e Emilia-Romagna), Gruppo i VInai (Toscana, Puglia e Sicilia), Loacker Wine Estates (Toscana e Alto Adige), Ozzano (Piemonte, Vêneto, Toscana, Puglia e Sicilia) e The Wine Company (Vêneto, Abruzzo e Toscana).

E houveram ainda vinhos premiados, ainda inéditos no Brasil, produzidos Azienda Agricola Gozzelino, Cantina all’Insù, Cantine Briziarelli, Carvinea, Sorrentino Vini, Tenuta di Artimina e Tenuta Valle delle Ferle, escolhidos pelo Merano Wine Festival.

Diversas importadoras atuantes no Brasil também estiveram presentes no encontro e mostraram seus respectivos portifólios com vinhos de quase todas as regiões italianas: BWC Wine Cellars, Casa Mediterrânea, Casa Scalecci, Cecconello Vino, Déjà Vino, Europa Distribuidora, ItaliaMais, Italy Import, Italy’s Wine, Qualimais, Sicilianess, Villa Cabianca e Vinifera Import.

O Portal Mesa de Bar parabeniza todos os envolvidos neste que é, sem dúvida, o maior, mais completo e bem organizado evento de vinhos italianos no Brasil. Mais informações: www.italianwines.com.br