Cacahautl é a primeira aguardente do Brasil feita a partir das partes descartadas do cacau

Motivado pela necessidade de dar melhor aproveitamento às sobras de cacau, o empreendedor capixaba André Scampini criou uma aguardente feita de cacau. A Cacahautl (“suco amargo”, em Asteca), que tem 40% de teor alcoólico e um sabor bem característico.

O município de Linhares (ES) é responsável por 85% da produção de cacau do estado. No entanto, apenas parte do fruto é aproveitada para a produção da matéria prima do chocolate: a amêndoa de cacau.

“Os produtores de cacau tinham uma demanda por um melhor aproveitamento do fruto, do qual somente a amêndoa era utilizada na produção do chocolate. Foi quando resolvi aproveitar meus conhecimentos na fabricação de destilados e fazer algumas experiências que resultassem em um produto de qualidade e, ao mesmo tempo, visasse a sustentabilidade”
André Scampini, master distiller

A Cacahuatl teve amostras enviadas para os EUA, Portugal, Bélgica, Suíça e participou como convidada de três feiras na Alemanha. Atualmente sua produção é terceirizada por um alambique em Linhares (ES) e está disponível no mercado, inclusive no exterior de onde já tem pedidos de importação.

A exportação de um produto que une tradição local, tecnologia e sustentabilidade é um importante passo para criar novas alternativas para o setor de bebidas e a economia brasileira, ainda mais em um cenário de instabilidade gerado pela pandemia. Além disso, a produção da aguardente criou novas oportunidades de renda para os trabalhadores rurais da plantação de cacau.

“A parte do fruto que antes era dispensada hoje é vendida pelo trabalhador rural e seus familiares para ser utilizada como matéria prima da aguardente, gerando um ganho na economia local e na sustentabilidade, devido ao melhor aproveitamento do fruto e um menor desperdício. No final, ganham o meio-ambiente e a economia de Linhares”
André Scampini, master distiller

A Cacahuatl  tem preço sugerido de R$ 190 e está disponível no www.velhocarvalho.net.br