A Blondine uma das maiores fabricantes de cervejas artesanais do Brasil decreta falência e tem seus ativos oferecidos em leilão judicial
O setor cervejeiro recebeu com pesar a decretação em fevereiro deste ano da falência da Blondine, de Itupeva (SP), uma das maiores fabricantes de cervejas artesanais do Brasil. E não é só isso. A Cervejaria avaliada em mais de R$ 3,2 milhões está com todos os seus equipamentos de fábrica à venda em leilão judicial sendo disputados por doze empresas e acumula nove propostas, com o último lance dado em 03/10 de R$ 161 mil.
O leilão será conduzido pela plataforma Positivo Leilões, que receberá novas propostas até o dia 08 de outubro. A venda tem como objetivo arrecadar recursos para o pagamento de dívidas da empresa, estimadas em R$ 5 milhões.





O conjunto de equipamentos é composto por uma moderna linha de produção, envase e armazenamento de bebidas, equipada com tanques de fermentação e maturação em aço inox, barris importados, sistemas automatizados de controle de temperatura, unidade de pasteurização, câmara fria e um laboratório de análises. O complexo inclui ainda uma microcervejaria, além de um bar montado com mobiliário e chopeiras profissionais.
O pregão será totalmente digital e ocorre pelo site www.positivoleiloes.com.br, o que possibilita a participação de pessoas e empresas de qualquer região do mundo. Na plataforma, os interessados têm acesso a todas as informações, editais, fotos, documentos e orientações sobre o processo de habilitação e envio de lances.
Uma história marcante
A Blondine Cervejaria foi fundada em 2010, em Curitiba, no Paraná, pelo empresário Aloísio Farah Xerfan. Em 2014, com o crescimento da marca e a expansão de sua produção, a cervejaria transferiu suas operações para um moderno parque industrial em Itupeva, no interior de São Paulo. Em seu auge, chegou a produzir dezenas de rótulos de cerveja artesanais próprias, drinks alcoólicos estilo hard seltzer, e a linha de refrigerantes naturais Be Pop.
No pedido de autofalência protocolado na Justiça, a empresa alegou ter enfrentado uma combinação de fatores adversos, incluindo queda acentuada nas vendas, aumento dos custos operacionais, concorrência intensa e os efeitos severos da pandemia, que inviabilizaram a continuidade de suas atividades.
O Portal Mesa de Bar acompanhou a trajetória da cervejaria e participou de vários eventos proprietários, inclusive de edições do Blondine Rock Fest na fábrica de Itupeva, um dos eventos ícones do segmento pré-pandemia. Lamentamos que a história da cervejaria chegasse a esse desfecho. Porém, esperamos que a cervejaria possa reviver e voltar a ser protagonista do segmento. Mais informações no site: www.positivoleiloes.com.br
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