Cervejaria Black Princess lança a Braza Hops com lúpulo brasileiro
O lúpulo é uma flor de climas frios que não se dá muito bem nas altas temperaturas brasileiras. Mas já há várias tentativas de produzir uma variedade por aqui em andamento, inclusive muitas cervejarias já se aventuraram em produzir receitas com variedades experimentais. Mas a boa notícia é que o Grupo Petrópolis acaba de entrar nessa luta com o lançamento da Braza Hops, uma German Pils produzida pela Black Princess, a marca Premium do grupo.
Ela leva um lúpulo nascido de uma manifestação botânica espontânea na região serrana do Rio de Janeiro, que foi estudado e plantado em escala pelos técnicos do Viveiro Ninkasi no centro cervejeiro da empresa, em Teresópolis, na mesma região. Até aí, muitos lúpulos brasileiros trilharam caminhos semelhantes, só que o lúpulo da Petrópolis é primeiro do país a obter o termo de conformidade emitido com o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o primeiro também a possuir nota fiscal de origem das plantas.
O lúpulo foi adicionado na receita da Braza Hops ainda fresco, em flor, para otimizar seu potencial aromático floral e ressaltar ainda mais as características de frescor.
“Este é o diferencial do lúpulo produzido no Brasil. O importado, utilizado hoje no país pela maioria das cervejarias, tem normalmente um ano de colhido. Ter um lúpulo produzido ‘no quintal de casa’ é sempre vantajoso, além de ele assumir uma identidade própria vinda do terroir do local, tornando-o único. Não é exagero dizer que estamos fazendo história. Se até pouco tempo era improvável ter produção de lúpulo em grande escala no Brasil, após muito estudo e trabalho estamos vendo que é possível”
Diego Gomes, diretor industrial do Grupo Petrópolis à frente do Centro Cervejeiro da Serra
A plantação começou em 2018 com 316 plantas. Foram plantadas 10 espécies para testar a adaptabilidade de cada uma. No primeiro ano, a plantação produziu pouco, mas em 2019 o cultivo cresceu para mais de 7 mil plantas. São três hectares de lúpulo plantados na fazenda e duas colheitas por ano, em dezembro e março. Em 2020, a expectativa é obter 800 kg de lúpulo seco.
“Na última colheita, em março, tivemos a honra de receber na fazenda alguns alemães da região de Hallertau, na Baviera, maior área de plantio contínuo de lúpulo do mundo. Eles ficaram muito impressionados com a experiência da nossa colheita! Disseram estar relembrando a infância e recordando como é essa tradição na terra deles. Ficaram emocionados e nos agradeceram muito”
Diego Gomes, diretor industrial do Grupo Petrópolis à frente do Centro Cervejeiro da Serra
Se a chegada da Braza Hops é uma boa notícia por conta do lúpulo, no copo ela se revelou uma cerveja de corpo médio, mas leve, dourada, menos maltada, com 4,7% de teor e um bem presente amargor (35 IBU), graças à combinação das variedades de lúpulos: da Petrópolis com Comet, Cascade Americano e Cascade Argentino. Como todos foram utilizados in natura, deram à cerveja um frescor e um aroma cítrico e floral muito interessante.
A Braza Hops não tem ainda alta produção e para essa primeira edição foram feitas apenas duas mil unidades. Então, corre para o Bom de Beer, o e-commerce da Petrópolis, para garantir sua garrafinha de 355 ml a R$ 12,90, sem frete.
Parabéns à toda equipe da Black Princess e ao grupo pela iniciativa e, como apoiadores do segmento, que esta variedade e outras que venham e tenham vida longa e próspera.