O bar paulistano Guilhotina lança nova carta de drinks inspirados em uma receita de um médico americano do século XIX
No estado norte-americano do Missouri, em 1890, o médico e artista Louis Crusius criou um poderoso analgésico para dores do corpo. O Antikamnia nasceu controverso, pois para divulgar o medicamento o excêntrico Crusius lançou um calendário todo ilustrado com figuras de esqueletos em poses inusitadas.
Segundo ele, para curar certas dores é preciso combinar insumos frescos e inesperados. Foi neste universo de uma receita de uma controversa companhia farmacêutica norte-americana de mais de um século atrás que o premiadíssimo bar paulistano Guilhotina se inspirou para apresentar sua nova carta de drinks.
Estar na vanguarda da coquetelaria, oferecendo ingredientes selecionados, criatividade e excelência no preparo, com muita descontração, sempre foi a premissa do Guilhotina. Tanto que o bar figurou por três anos consecutivos na lista dos World’s 50 Best Bar, chegando a 15 colocação.
Os novos drinks
São doze coquetéis autorais inéditos – um representando cada mês do ano – que seguem a lógica da combinação de ingredientes inesperados e frescos do Dr. Louis Crusius. Eles carregam a assinatura de Spencer Amereno Jr., eleito várias vezes o melhor bartender da cidade, e Marlon Silva, chefe de bar do Guilhotina.
Colapso H3C Medicine Phill – Fotos Rodolfo Regini
Para as tardes acaloradas de janeiro, eles recomendam o cítrico e refrescante Codeine (R$ 43) com Havana Club 3, Cambuci salgado e limão galego. O drink que leva o nome da carta, o Antikamnia (foto de abertura) é feito com o gin Jardim Botânico, hidromel, limão tahiti, Drambuie flambado com garnish de grade de mel, e representa o mês de maio (R$ 47). Quando a temperatura cair, a sugestão de junho é o Skulls (R$ 43) que, além de tequila blanco, tucupi, consôme de legumes e german lager, acompanha um peixinho frito empanado na farinha panco.
O H3C (R$ 54,00) com Gentlemen Jack, rum Parnaioca, mel de romã, limão-siciliano e angostura Cocoa Bitters é a indicação de agosto para aqueles momentos agridoces da vida. No Medicine (R$ 43), tequila blanco com gordura de coco e vem combinada Tokaji dry, Campari e guarnição de sponge cake, um bolo aerado de carvão ativado, resultando em um coquetel seco, amargo e encorpado. Novembro é a vez do Analgesic, com vodka com kinkan, hortelã bicolor, hortelã, melão, limão siciliano e kinkan. Há ainda pedidas indicadas para discussões acaloradas, para banhos gelados no inverno e para casos de uma noite só.
Nesse receituário alcoólico de Amereno estão ainda catalogados outros onze clássicos da carta já consagrada do Guilhotina, como o Verjus (R$ 43), onde entram gin com citrus, Verjus, limão-siciliano e puxuri, e o Velho Nogueira (R$ 50), vermute tinto com nogueira, vermute seco, Ramazzotti Rosato e flor de mel.
Para acompanhar tudo isso, o chef Cassiano Oliveira prepara diversos petiscos também inusitados, como o Pulled pork, levemente picante servido na miniciabatta com picles de cebola roxa (R$ 32), e o Taki, um sanduíche de polvo com vinagrete de cebola-roxa e coentro, finalizado com molho de limão-siciliano (R$ 45).
Mais informações no https://www.guilhotinabar.com.br/