A APAS 2025, a maior feira supermercadista do mundo, surpreendeu mais uma vez pela sua importância para o mercado de alimentos e bebidas

A 39ª edição da APAS, a maior feira supermercadista do mundo e considerada uma das mais estratégicas para o setor de alimentos e bebidas brasileiro, aconteceu de 12 e 15 de maio de 2025, no Expo Center Norte, em São Paulo.

A APAS é, sem dúvida, uma das maiores vitrines do mercado. Tanto que a edição deste ano bateu o recorde de público e de espaço. O evento recebeu mais de 151 mil visitantes durante os quatro dias e preencheu os 102 mil m² do Expo Center Norte, com 42 mil m² de exposição. Ao todo, 900 marcas expositoras marcaram presença para apresentar os mais variados lançamentos de produtos e serviços, incluindo 250 expositores internacionais, representando 22 países.

Além disso, a feira se consolida cada vez mais como um grande fator de geração de negócios. A organização tinha uma expectativa inicial de aumentar em 7,8% o valor de negócios gerados no circuito, entretanto o festival fechou a edição com uma movimentação de R$ 16,5 bilhões, atingindo a meta e reforçando a relevância do evento para o setor supermercadista.

E não foi só isso. A APAS é um evento estratégico para São Paulo uma vez que alavanca também o turismo, a hotelaria e os negócios em outros setores, além de gerar mais consumo no lazer e no entretenimento da cidade. Ou seja, os números dos impactos indiretos da feira podem ser ainda maiores.

O setor de bebidas

O Portal Mesa de Bar visitou a APAS com um olhar focado nas novidades do setor de bebidas. Na nossa avaliação, a feira trouxe ótimas surpresas e confirmou algumas tendências. As empresas do setor estão diversificando bastante seu portfólio de produtos. Alguns segmentos estão em alta, como os das bebidas mistas, as Ices, os destilados saborizados, licores e drinks prontos para beber. Destaque também para as cachaças premium e para os vinhos, que continuam em um espiral de alta no mercado. Vamos trazer um pouco do que degustamos e percebemos na feira a seguir.

Começamos nosso tour pelo estande da França, um dos melhores da feira. Os franceses trouxeram um mix de vinhos já conhecidos e conceituados com rótulos de pequenos (e ótimos) produtores em busca de representantes por aqui. Descobrimos o excelente Clos des Lunes Lune d’Argent, um blend de sémillon e sauvignon blanc da região de Sauternes, em Bordeaux, com apenas dois meses de envelhecimento em carvalho francês. Um vinho branco seco, mas macio, leve e refrescante… tudo de bom.

Os próximos Bordeaux foram igualmente excelentes. O Le Pessac-Léognan du Domaine de Chevalier 2021 é um vinho de corpo médio, com textura suave, um aroma de groselha e cereja e um sabor de frutas escuras, com mineralidade e toques de carvalho e defumado. O Château Puy de Guirande é um blend de 70% merlot, 25% cabernet sauvignon e 5% cabernet franc. Um vinho muito equilibrado, de corpo médio, que representa bem a alta qualidade dos vinhos da região.

Da vinícola Terre de Vignerons provamos o Depuis 1935 Bordeaux, um blend de cabernet franc, petit verdot e carménère. Um vinho persistente e agradável com aroma e sabor de frutas vermelhas. E o La Mauvaise Réputation Bordeaux Malbec, que, intencional ou não, brinca com a reputação do malbec francês, que é muito menos badalado que o malbec argentino. Vale a pena provar, pois é bem diferente, leve, aromático e fácil de beber.

Da Berticot provamos o Daguet de Berticot Sauvignon, um ótimo representante de um sauvignon francês, floral, fresco, levemente frutado, com forte maçã verde e ligeiramente amadeirado. E uma boa descoberta: o Early Bird grapes ahead of their times, que é um “blanc de noir”, ou seja, um vinho branco produzido a partir de uvas tintas. E para continuar explorando provamos o Comtesse de Saint-Pey Crémant de Bordeaux Brut, um ótimo espumante francês das uvas sauvignon blanc e sémillon que não faz feio frente aos produzidos em Champagne.

Passamos para o Château Haut Gleon Corbiéres Blanc, um blend de roussanne, grenache blanc e vermentino da região de Languedoc. Um branco frutado, com uma pera e maça bem perceptíveis e bem fácil de beber. E provamos a versão rouge dele, um blend de syrah, grenache e carignan, bem robusto, com aquele sensorial de frutas vermelhas maduras e baunilha. E com o Marquis des Bois Bordeaux Moelleux, da vinícola Univitis, experimentamos um tradicional blend de muscadelle, sauvignon blanc e sémillon da região de Bordeaux. Um vinho mais adocicado, para acompanhar uma sobremesa ou encerrar um jantar.

Da Vignobles Vellas provamos o What the Duck!, um blend de sauvignon blanc e colombard bem frutado tão intenso quanto a arte do rótulo… Outro rótulo divertido foi o Little Bastard Chardonnay, que segue a mesma linha frutada do anterior, mas um pouco mais leve. E da mesma vinícola degustamos o Grand Méchant Loup. “Loup” significa “lobo” em francês e Pic Saint Loup é o nome da denominação de origem do vinho. Assim, o Grand Méchant Loup (“O Lobo Mau“) é um blend de syrah, grenache noir e mourvedre. Um vinho tinto intenso, de aroma e sabor que misturam frutas vermelhas com notas tostadas e de cacau.

Da região do Rhônes provamos o Clefs des Papes Châteauneuf-du-Pape 2022, mais tradicional impossível! A vinícola, a região, os Châteauneuf-du-Pape… Um vinho excepcional elaborado das uvas grenache, syrah e mourvèdre de vinhas velhas, com envelhecimento em barricas de carvalho que realça a sua complexidade e dá a ele notas de especiarias e carvalho tostado, resultando em um vinho de potência, equilíbrio e elegância. Divino!

Passamos para o Son Altesse Saint Emilion Grand Cru da Château Haute-Nauve. É um blend de 80% merlot e 20% cabernet franc envelhecido por 12 meses em barricas novas de carvalho francês e que vem em uma garrafa diferente, artesanal e numerada em formato de gota. Um vinho macio, frutado na medida, bem legal. Da LGI Wines provamos o Cuvée Dissenay Chardonnay, de um aroma intenso de pera, com notas florais e nada adocicado. Um vinho muito agradável e fácil de beber. E a versão dele em Pinot Noir, um vinho frutado, com ótimo equilíbrio, que se mostrou um belo exemplar dessa tradicional uva em solo francês.

Também da região de Languedoc no sul da França provamos o Regard d’Artiste Vin Orange, um vinho laranja feito de um blend de moscatel, grenache blanc e viognier que vai diretamente para um tanque de concreto por uma semana, resultando em um sensorial intenso de laranja, flores e notas de nozes.

E para finalizar, degustamos um inusitado gin francês, o Chicken Chic, produzido artesanalmente de qualidade premium, com toques florais e um cítrico refrescante. E fechamos o estande da França com o Comte Darck XO-Rare Brandy, um conhaque de cor âmbar, com sabores de frutas secas, café torrado e baunilha, com uma leve doçura. Uma bebida incrível que também pode ser degustada com frutas, chocolate ou charutos.

Saímos pelos corredores da APAS até o estande da vinícola gaúcha RAR, de Campos de Cima da Serra, que nos apresentou o Collezione Savagnin Blanc, feito dessa uva ancestral de origem europeia, porém pouco comum. É um branco seco de intensidade aromática, com notas de flores e frutas cítricas, como maçã e abacaxi e um toque especiarias. E demos uma paradinha no estande da Don Luiz para sorver o delicioso doce de leite alcoólico da marca que é referência desse coquetel alcoólico no mercado..

Passamos pelo estande da Interfood que nos apresentou algumas novidades. A começar pelas duas opções do Casal Garcia Fruitzy, bebidas aromatizadas à base de vinho rosé de perfil leve com aroma natural, no caso experimentamos o de morango e o de maracujá. Uma bebida de baixo teor alcoólico, mas frutada e refrescante. Outra “novidade” é a linha da Fever Tree, que agora passa a fazer parte do portfólio da importadora. São garrafinhas de mixers com diversos sabores de apoios para coquetéis, como águas-tônicas, sodas e ginger beers… elaborados somente com ingredientes naturais, sem a adição de conservantes ou adoçantes. Só para coquetéis premium.

Na Interfood também pudemos provar outras novidades como o champagne Telmont e os dois novos sabores da Jägermeister, o Cold Brew Coffee, à base de café (ótimo para coquetéis) e o Manifest, uma versão premium desse tradicional licor de ervas alemão um pouco mais apimentado. Ainda no estande, pausa para uma Evian bem gelada para repor a hidratação e vamos em frente!

A Vinícola Ratti, em La Morra, na Itália, é sinônimo de excelência e tradição no mundo do Barolo. A Interfood acaba de trazer para o Brasil uma linha inteira dos vinhos da vinícola e tivemos o prazer de degustar o Battaglione Barbera D´Asti DOP, um vinho intenso, de corpo médio e um sensorial de frutas vermelhas maduras com toques sutis de especiarias. Um vinho de personalidade entre os Barbera, com elegância e profundidade. E da vinícola Mazzei, na Toscana, a importadora trouxe o Poggio Badiola Rosso Toscana IGT, um blend de sangiovese com merlot e petit verdot de vinhedos da região do Chianti Classico. Um espetáculo! E finalizamos com o Masciarelli Montepulciano D’Abruzzo DOC, um dos vinhos tintos mais produzidos na Itália e um ícone da montepulciano da região de Abruzzo. Um vinho complexo, encorpado, com aquele sensorial intenso de frutas vermelhas e especiarias. Outro vinhaço!

Guinada para o estande do Grupo Petrópolis para tomar uma ótima Black Princess Let’s Hop gelada e conferir o lançamento recente de bebidas alcoólicas prontas para o consumo. O Fest Drinks Gin Tônica é uma versão do clássico GT feito com London Dry Gin e o Fest Drinks Intense Citrus tem sabor frutas cítricas e é feito com saquê e vodka, ambos vêm em lata de 269 ml com 7,9% de teor alcoólico. Já a linha Crystal Ice vem em long necks de 275 ml em três sabores: limão, frutas vermelhas e frutas amarelas, com a mesma base alcóolica de saquê e vodka, porém com apenas 5% de teor alcoólico. Todos apostam na praticidade aliada à sensação de refrescância. E antes de sair ainda experimentamos a Vold X, uma cerveja no estilo American Lager, sem glúten, mas feita com lúpulos alemães, com 5% de teor alcoólico. Ela foi lançada em 2024, mas não deixa de ser uma novidade que gostamos de experimentar.

Retornamos aos vinhos e encontramos o Magnânimo D. João V Reserva, da vinícola Azueira, da região de Lisboa. Ele é elaborado com alicante bouschet e castelão, é frutado e traz notas de ameixas pretas e especiarias. Com um ano de amadurecimento em barrica de carvalho americano, ele entrega elegância e um final macio e persistente. Guinada para a Argentina para degustarmos preciosidades da finca Rivadavia, de Mendoza. O Chardonnay Reserva tem seis meses em barricas de carvalho americano e francês, que deu a ele além das características frutadas e refrescantes, um leve amadeirado, o que o deixou muito elegante. Já o Gran Reserva Cabernet Franc é um excelente vinho, com um sensorial de framboesa e cereja e toques de tostado, tabaco e baunilha provenientes da passagem de um ano pelas barricas de carvalho americano e francês.

No estande da ProChile reencontramos um bom e velho conhecido: o Toro de Piedra Gran Reserva Petit Verdot e Cabernet Sauvignon. Este vinho do Vale do Curico agrada em cheio pelo equilíbrio do blend, oferecendo um mix de frutado, tabaco, chocolate e um amadeirado na medida. A versão dele Gran Reserva Carignan, do Vale de Maule, também é um vinho muito bom, intenso, frutado, com um toque de café e amadeirado. E também provamos o Santa Alicia Gran Reserva Merlot, do Vale do Maipo, envelhecido em barricas de carvalho francês por 10 a 12 meses que lhe confere a percepção de cerejas, ameixas e figos secos, acompanhadas de notas de tabaco, avelãs e especiarias. Um vinho leve, elegante e equilibrado.

Outros vinhos interessantes do estande são da linha Go UP, marca própria da importadora TDP Wines de vinhos chilenos orgânicos, biodinâmicos, com baixa intervenção e menos álcool elaborados no Valle de Curico voltados especialmente para o público jovem. O GO UP Sauvignon Blanc Reserva é, é um vinho bem fresco, com notas cítricas e um frutado que lembra pêssego e maracujá. O GO UP Red Blend Cabernet Sauvignon Carménère também aposta no frutado, com toques de framboesas e ameixas. Um vinho bem agradável. Já o Ola Po Tinto de Verano em parceria com a Santa Irene Wines Bodega y Viñedos. O Tinto de Verano é uma bebida popular na Espanha, especialmente no verão, que combina vinho tinto com refrigerante de limão e gelo. Uma alternativa para a tradicional sangria. No caso deste chileno, ele é um blend de suco natural de uva e vinho tinto que tem apenas 8,5% de graduação alcoólica. Uma proposta diferente, refrescante e pronta para beber.

Conhecemos também os vinhos da Odfjell. Inspirados pelo universo dos oceanos e da origem do seu fundador, o armador norueguês Dan Odfjell, a vinícola é reconhecida por optar por uma  produção orgânica e sustentável. O Odfjell Orzada Chardonnay é elaborado de uvas orgânicas do Valle del Santo Antonio, que lhe confere um perfil fresco e cremoso, de aromas florais e um sabor frutado com uma leve citricidade, com notas herbais, mel e um amadeirado, vindo de 18 meses de amadurecimento em barricas de carvalho e 18 meses em carvalho e em esferas de concreto. E provamos também o Odfjell Elusiva, eleito com vinho revelação no Guia Descorchados 2022. Um vinho feito de carignan, cabernet sauvignon, syrah, carménère e tannat, com estágio de 18 meses em barricas de carvalho francês e em tanques de concreto, de cor e aromas intensos, sabor de frutas maduras, especiarias e um final macio.

Outras boas surpresas no estande da ProChile foram os piscos. O Pisco Control Valle Del Encanto é produzido de uvas do mágico Valle del Encanto, no Vale de Limarí, que passa por um processo de tripla destilação. Um pisco de alta qualidade. Já o Pisco Mistral Nobel Añejado En Roble é um blend de uvas pedro jiménez e muscat do Vale do Elqui, com três anos de envelhecimento em barris de carvalho americano. Bem equilibrado, ele mostra ser macio e elegante e reforça a ideia de que piscos premium como este precisam ser melhor apreciados pelos brasileiros.

E para fechar as surpresas chilenas nos deparamos com as cervejas da Kunstmann. Esta cervejaria familiar nasceu em 1997, na região de Torobayo, em Valdivia. Desde então, a Kunstmann cresceu e se tornou uma das cervejas artesanais líderes no Chile, produzindo 16 variedades diferentes e lançando constantemente novos rótulos. Aqui no Brasil ela não é tão difícil de encontrar e vale a pena experimentar.

Nos corredores foi possível também encontrar bebidas saborizadas, como a do gin Balakov, lançado no ano passado pela Bem Casado que produz a conhecida vodka Balakov. Além do tradicional, são três gins saborizados: melancia, maçã verde e frutas tropicais. Já os licores Bem Casados de doce de leite contam com umas cinco variedades de sabores, como morango, banana, chocolate, pistache… Tem ainda divertidas versões de concorrentes famosos, como o licor de morango e o Licor 34. Ótimas opções para a adoçar a vida…

No corredor iluminado entre os pavilhões demos de cara com o estande da cerveja Brussels. Ela é fabricada pela cervejaria Brasbev, de Claudio (MG), e tem como garoto-propaganda ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho. A Brussels Lager é uma puro malte com teor alcoólico de 4,8% e nos surpreendemos com a Brussels Ultra. Apesar de ela ser zero açúcar e zero carboidratos ficou bem saborosa. No estande da Brussels pudemos comparar com duas “primas”: a Antuérpia Lager, de 4,7% teor de alcoólico, e a Fürst Lite, de 4,5% de teor de alcoólico, zero açúcar e zero carboidratos. Os mineiros estão fazendo ótimas cervejas…

No estande da Brussels havia também versões de ready to drink de sucesso, como o Matchê, o Chez Red e o Vem Brasil, este último de vodka com limão agradou bastante. E ainda uma linha completa de energéticos, o Superst, em diversos sabores: melancia, maçã verde, tropical… Uma mostra do aquecimento tanto do mercado de energéticos quanto de drinks prontos para beber.

No estande da Ambev a estrela da vez era a Stella Artois Pure Gold. Ela tem 17% menos calorias que a versão tradicional, além de ser livre de glúten, indicada para quem tem intolerância e agrada também a galera de olho na balança. Apesar de ter sido lançada no Brasil em 2023, a cerveja está com uma campanha recente que traz o nosso ídolo do tênis, Gustavo Kuerten, como garoto-propaganda, celebrando os 25 anos da sua conquista da posição número 1 do ranking mundial da ATP.

Por falar em bebidas saudáveis, no estande da 3 Corações foi a vez de conhecermos novas opções de cafés prontos para beber do Cappuccino 3 Corações Power: Baunilha e Napolitano. São alternativas saborosas e funcionais de uma bebida proteica que traz na fórmula 15g de proteína por porção, zero adição de açúcares, zero lactose, baixo teor de gorduras totais, tudo isso em uma embalagem sustentável Tetra Pak 250ml. Já a Positive Company, parceira da 3 Corações, estava no estande apresentando lançamentos da Plant Power, marca de suplementos 100% naturais. Da Linha Jungle de bebidas funcionais low carb e endurance, os sabores Limonada, Uva, Morango com Limão, Melancia com Limão, Abacaxi com Hortelã e Tangerina. E da linha Shake Protein, com proteína de ervilha, os sabores de Caramelo Salgado, Banana com Morango e Chocolate em embalagens de 250 ml.

Na sequência, paramos para conferir outro estande com gins saborizados. O gin Eternity é produzido pela Indústria de Bebidas Paris, de Rio das Pedras (SP), famosa produtora da cachaça Caninha da Roça. O gin faz uso de aromas naturais para oferecer os sabores (advinha?) tradicional, melancia, maçã verde e frutas tropicais.

E no estande da 101 do Brasil Industrial, de Joinville (SC), várias versões de bebidas famosas: o energético Red Horse em seis sabores: melancia, maçã verde, frutas tropicais, coco e açaí tradicional e zero álcool e o zero álcool simples. Tinha ainda o Licor 101, o La Peroni Spritz e o Our Roots de Morango.

Agora hora de uma grata surpresa. É perceptível a quantidade de lançamentos da indústria de do segmento de bebidas ICEs nos mais variados sabores de olho principalmente na turma jovem. A Cia. Müller de Bebidas, reconhecida por produzir a cachaça 51, levou para seu estande na APAS todo seu portfólio de cachaças, vodka, conhaques e de bebidas alcoólicas saborizadas. Entretanto, o destaque ficou por conta do lançamento de dois novos sabores da sua linha de bebidas ready-to-drink 51 Ice: Melancia e Pêssego. E qual não foi a nossa surpresa em experimentarmos a versão pêssego. Uma bebida extremamente agradável, refrescante, com equilíbrio entre o sabor, dulçor e os 5,5% de teor alcoólico. Provável sucesso. E também não deixou de nos chamar a atenção a linha Reserva de cachaças premium da marca, envelhecidas em barricas de carvalho francês e americano. Que bebidas excepcionais!

No estande da Pitú duas novidades fresquinhas: cachaças saborizadas de banana e caju especialmente formuladas para a coquetelaria. Elas são classificadas inclusive como “coquetel alcóolico”, com 17,5% de teor e vêm em garrafas de 965 ml para facilitar o apelo para os bares. E tal como acontece na 51, a Pitú tem uma linha de cachaças premium. Experimentamos a Pitú Gold, envelhecida em barris de carvalho americano, e a Pitú Vitoriosa, uma cachaça extra premium, envelhecida em barris de carvalho francês, criada para celebrar os 75 anos da Pitú. Ela é aveludada, amadeirada e tem notas de especiarias, coco queimado, baunilha, caramelo e amêndoas.

No estande da CRS Brands encontramos o Whisky Chanceler, um destilado obtido do corte de malte whisky envelhecido, extrato de carvalho e destilado de cana. E para se espelhar em uma fórmula de sucesso de um famoso Tennessee Whiskey, ele vem nos sabores de mel, maçã verde e canela. E o Rum Cortezano Capitan Cortez nas versões prata e ouro. Deu vontade de um Mojito

Passamos para o estande da Santa Rita. A vinícola chilena lançou na feira o 120 Zero.4, um vinho sem álcool e com apenas 25 calorias por taça, voltado para um perfil de consumidor que busca saúde e bem-estar, mas sem abrir mão do prazer de beber um vinho. E também degustamos o 120 Reserva Especial Delight Pinot Grigio, de apenas 9% de teor alcoólico e baixa caloria, com muito sabor. Uma boa surpresa.

Guinada para os vinhos portugueses. Experimentamos o Casal Mendes Vinho Verde D.O.C., um legítimo Vinho Verde português. Ele é um blend das uvas azal, perdeña, trajadura e loureiro, bem frutado com notas cítricas e florais, com frescor e final suave, bem leve, refrescante e com apenas 10% de teor alcóolico. Passamos para o Bacalhoa Quatro Ventos Douro, um blend de tinta barroca, tinta roriz e touriga franca. Um vinho com um intenso sabor de frutas vermelhas e um toque de ervas e especiarias, com uma ligeira doçura no final. Da Bacalhoa também degustamos o JP Azeitão, elaborado na região de Palmela, com um blend de uvas syrah, castelão e aragonez, sem passagem por madeira. E finalizamos com um trio da Quinta do Gradil. O bivarietal Quinta do Gradil 1492 combina a touriga nacional com a tannat para criar um vinho intenso, tanto em aroma como em sabor, porém bem equilibrado. O Quinta do Gradil Tannat também é intenso, com notas de mirtilo, alcaçuz, cacau, caramelo, chocolate e uma amadeirado que remete ao estágio de nove meses em barricas de carvalho francês. E finalizamos com o Quinta do Gradil Alicante Bouschet, de coloração vermelho profundo, típica desta casta, aroma floral e sabor intenso de frutas vermelhas, com uma leve mineralidade no final.

Pausa para um rápido petisco no estande da Seara que lançou para deleite dos apreciadores de um bom salaminho, não só um, mas dois novos “sabores”: com trufa italiana e com vinho tinto. Duas iguarias sensacionais para harmonizar com queijos e vinhos, destilados, drinks de coquetelaria e mesmo naquele lanchinho com um pão artesanal e queijo derretido… Pára!!!! Volta para Terra…

Hora do lançamento do Vibe! Energy drink, da Blue Beverages, de coco com abacaxi no latão de 473 ml para repor as energias e continuar pelos corredores. Daí nos deparamos com o Gin Epic, também da marca Vibe!, que vem em uma generosa garrafa de 990 ml… Foi inevitável pensar numa praia ensolarada, aquele mar turquesa e uma pina colada… O gin também lançou uma versão saborizada de morango com pêssego. Daí chama o bartender…

No estande da Heineken a novidade foi o lançamento do Liqui-D, um display digital inovador, flexível e de alta definição, que pode ser adaptado em três formatos distintos: glorifier, stopper e display. O Liqui-D normalmente é fixado nas prateleiras, gôndolas ou outros locais estratégicos dentro das lojas e supermercados, direcionando o olhar do cliente para algo de interesse. Ou seja, as gôndolas dos supermercados tendem a se tornar interativas e isso não está tão longe de acontecer. A solução também é uma evolução na forma como as campanhas da cervejaria serão ativadas nos pontos de venda.

Em outro gigante do segmento, a Coca-Cola Femsa, encontramos novidades distintas. A Coca-Cola está lançando uma série de latinhas personalizadas com nomes das pessoas. O curioso é que há nomes muito esquisitos e pouco comuns, o que não deixa de ser também divertido e chamativo. O Energético Monster, líder da categoria, lançou o sabor Ultra Fiesta Mango Zero Sugar para energizar seus fãs. E para a alegria dos cervejeiros, a Therezópolis lançou uma Session IPA com um design mais moderno e criativo em lata de 350ml e na long neck de 355ml. Ela tem um teor alcoólico de 4,5% e 30 IBU, o que promete agradar quem busca uma IPA mais leve sem perder os aromas e sabores do estilo.

Por falar em cerveja e IPA, na APAS pudemos tomar um chope gelado da Dalla, cervejaria de Chapecó, em Santa Catarina, e reverenciar a sua IPA, com 6,5% de teor alcoólico e 60 IBU, que estava espetacular! Detalhe interessante é que a cervejaria comercializa seus produtos tanto em barris como em um pouco comum growler de 1,5 litros, que mostrou que eles sabem que o pessoal vai curtir… No estande também havia a saudosa Xingu, que aparece e desaparece do mercado e quando a gente vê… não deixa escapar.

Dito isso, encerramos nosso tour insano pelos corredores abarrotados da APAS e esperamos ter trazido para você um apanhado do que vimos por lá. A feira é realmente enorme e se deixamos algo escapar nos perdoe. Parabéns aos organizadores, expositores e profissionais envolvidos. Certamente voltaremos no próximo ano.  Mais informações no site: https://apasshow.com/