Estivemos nos dois dias do BCB, a maior feira de bebidas e coquetelaria da América Latina, para trazer para você as novidades em primeira mão

O Bar Convent São Paulo (BCB), a maior feira de bebidas e coquetelaria da América Latina, aconteceu nos dias 5 e 6 de junho no Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera em São Paulo. Um evento com mais de 150 marcas expositoras, obrigatório para quem atua nesse universo e mesmo para quem deseja conferir as novidades do setor de bebidas, com direito a degustações, mais de 25 palestras, competição de bartenderes e drinks e muito networking.

Entre as marcas patrocinadoras estavam: Diageo, Bacardi, Campari, Amázzoni Gin, Beam Suntory, Brown-Formam, Prata e EasyIce. O Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac) foi um parceiro oficial e a Associação Nacional de Restaurantes (ANR) deu apoio institucional.

Trazemos, então, para você, com exclusividade, os destaques dessa enorme vitrine de tendências, espaço para ideias, degustações e lançamentos. Decidimos fazer isso de uma forma diferente, contando o que vimos nos dois dias da feira. Que tal embarcar conosco nessa viagem pela feira?

Concursos

Começamos nossa visitação caminhando pelo Parque do Ibirapuera até chegar ao prédio da Fundação Bienal, o novo espaço do BCB. Ano passado, a feira aconteceu no Expo Barra Funda. O novo local tem como pontos forte o astral único do Parque – cartão postal de São Paulo – e uma área de exposição generosa, com ótima iluminação natural. A acústica não é das melhores, mas nada que prejudique o brilho do evento.

A área reservada para as palestras e para os concursos também aumentou um pouco, mas não deixam de ser ainda um modelo a ser repensado, pois atrai mais gente do que a capacidade de lugares disponíveis. Este ano foram mais de 25 palestras e dois concursos de peso.

O primeiro concurso foi o World Class Competition, promovido pela Diageo, que revela talentos do ano na coquetelaria nacional e que dá ao vencedor o título e a oportunidade de representar o país no World Class Global, que este ano vai acontecer aqui no Brasil em setembro. Na edição passada, Vinicius Damien faturou a etapa nacional e esse ano a vencedora foi a bartender curitibana Vitória Kurihara.

A competição movimenta o mercado e atrai participantes de diferentes regiões do país por dar visibilidade internacional ao impulsionar a carreira e valorizar a criatividade, técnica e agilidade dos participantes. Neste ano, o torneio contou com 500 participantes, sendo selecionados 20 profissionais para a semifinal e seis para a final.

“Estar aqui é uma consequência do meu trabalho diário. Meu grande destaque é ser quem eu sou. Eu sou animada e ao mesmo tempo ansiosa e fui eu mesma hoje na final. Tive apoio de muitas pessoas, encarei os livros e treinei coquetéis. Sou a primeira vencedora de Curitiba”
Vitória Kurihara, bartender vencedora da etapa nacional do World Class Competition 2023

O segundo também foi uma final do Concurso Rabo de Galo, que pela primeira vez foi realizado no BCB. A releitura de clássicos como Rabo de Galo está ganhando cada vez mais espaço nas cartas aqui e até no exterior por conta das novas técnicas de preparo e ousadia nos ingredientes e criações. Aliás, a brasilidade nos ingredientes e a cachaça estão em alta.

O Concurso Rabo de Galo é exatamente uma competição que celebra a cachaça e desafia bartenders na apresentação de releituras desse famoso coquetel, que leva tradicionalmente cachaça, vermute e bitter. Além disso, a edição desse ano homenageou o Mestre Derivan, sumidade no assunto, que acaba de nos deixar para ir comandar o balcão lá de cima.

O bartender Fernando Spolaor sagrou-se vencedor desse primeiro concurso, batendo outros trinta profissionais participantes. Sua releitura chamada de Legado, levou cachaça Weber Haus de amburana, a técnica milk punch em que é feita uma filtragem com leite no vermute tinto, vinho do porto branco e o xarope Litha, desenvolvido pelo profissional, feito de mel com curry.

“Tenho 18 anos de carreira, sempre trabalhei em casas grandes, mas este é o primeiro prêmio que ganho. Atualmente, estou focado na produção do meu xarope, vou lançar uma marca de gin, dar cursos e a vitória deve impulsionar essa fase da minha carreira. O nome do drink é inspirado em uma frase que ouvi duas semanas antes do falecimento do Mestre Derivan. Legado é o que você deixa nas pessoas e isso faz parte do nosso trabalho, proporcionar experiências. O Rabo de Galo é um legado para o Brasil, o Derivan é um legado para a coquetelaria e o BCB um legado para todos os bartenders”
Fernando Spolaor, bartender vencedor do primeiro Concurso de Rabo de Galo

Primeiro dia

O primeiro dia da feira nos reservou várias boas surpresas. A começar pelo encontro exclusivo que tivemos com Simon Ford, criador do Fords gin, que veio ao Brasil para promover o seu gin, recentemente lançado no Brasil pela Brown-Forman. Além de um papo ótimo, ele é um grande conhecedor da bebida. Nos contou em um vídeo disponível nas nossas redes sociais como entrou nesse meio, como acabou criando o seu gin e outras particularidades.

Segundo ele, o gin nunca esteve tão forte em mercados emergentes, como o Brasil e os países asiáticos, mas anda em baixa entre os europeus. E que a atual tendência é por receitas melhor elaboradas, com ingredientes selecionados e até versões envelhecidas. Por isso o interesse das marcas premium, como a dele, tende a crescer ainda mais, inclusive no nosso mercado. E demonstrou um enorme interesse em conhecer o gin nacional, porque ele é um apaixonado pela bebida e deseja também entender nosso nível produtivo. Provavelmente, ele vai se surpreender positivamente…  

Na sequência da palestra de Ford, Júnior Oliveira, embaixador de Woodford Reserve, o Bourbon premium da família Jack Daniel’s, também da Brown-Forman, promoveu uma degustação desse whiskey para sentirmos como ele harmoniza bem com certos sabores, com destaque para o parmesão e o chocolate amargo. E finalizamos com um Woodford Mule, uma versão do Moscow Mule com este excepcional whiskey no lugar da vodka. Dos deuses!

Rodando pelos corredores, demos de cara com a AMZ, um gin produzido em Belém feito com 13 botânicos típicos da Amazônia, em pequenos lotes e com altíssima qualidade, sendo os principais zimbro e a flor de jambu, aquela que dá a sensação de dormência na boca. Muito bom! E a fábrica tem até versões de gin tônica em lata para quem prefere mais praticidade. Depois rolou uma apresentação dele em coquetéis feitos pela bartender Adriana Pino. Vale a pena conhecer essa excêntrica bebida.

Falando em excentricidade, no estande da Azuma conhecemos o lançamento da linha Mix & Match. São sakes saborizados que visam apresentar sabores até então pouco explorados pela categoria e pensados para a mixologia. São três sabores: Tangerina com pimenta rosa (bem cítrico); Chá branco com yuzu (que harmoniza bem com sushis) e Mel com notas de baunilha (mais adocicado). Vale ressaltar que todos os produtos Azuma levam aromas naturais, sem nenhum tipo de aditivo químico e corantes. A nova linha contém 15,5% de teor alcoólico e possui validade de 12 meses.

Voltando ao corredor passamos pela destilaria catarinense Kalvelage. Os irmãos Marcos e Maurício Kalvelage fundaram a empresa em 2012 e já em 2014 a sua vodka faturou seu primeiro prêmio internacional. Desde então já são mais de 25 prêmios em concursos internacionais. A destilaria diversificou seu portfolio e hoje produz também um gin e o surpreendente Blended Whisky Kalvelage que provamos. Ele é suave, desce macio e traz notas frutadas e especiarias. Não foi à toa que este whisky conquistou o double gold, o prêmio máximo da edição deste ano do San Francisco World Spirits Competition.

De lá passamos no estande da Weber Haus, outra excelente destilaria fundada em 1948 em Ivoti (RS) famosa por sua produção de ótimas cachaças. Entre os lançamentos na feira estavam a Cachaça com mel (Honey), a Cachaça com canela (Fire), a Cachaça com jambu, pimenta rosa e canela, além de energy drinks orgânicos em lata com açaí, guaraná e erva mate nas versões normal e zero açúcar. “Atualmente, diversificamos nosso portfólio lançando gin, rum e bebidas mistas e iniciamos o processo de internacionalização da marca”, afirma Evandro Weber, diretor da Weber Haus.

Por falar em cachaça, visitamos o estande da Famigerada, cachaça premium considerada um dos melhores destilados do Brasil. Sua história se inicia em 2008, quando Haroldo Narciso conseguiu encontrar algumas remanescentes da cana Java, trazida por Martim Afonso de Souza, em 1531, e que foi a base da primeira cachaça produzida no Brasil. “Encontrei em uma antiga fazenda de meu avô, daí replantei as mudas em nosso sítio na cidade de Mato Verde, no norte de Minas Gerais, entre os municípios de Januária e Salinas”, conta Narciso. O resto é história e presente, porque experimentamos uma ótima Famigerada envelhecida por dois anos em bálsamo que faria Martim Afonso se orgulhar de seu sucessor.

Hora de hidratar com água Prata, que estava disponível em garrafinhas gratuitamente em geladeiras estrategicamente posicionadas nos corredores. Uma ótima sacada da marca e da organização. Aliás, aproveitamos para passar no estande da empresa para conhecer um outro tipo de produto: a Pink Lemonade, o mais novo sabor da linha premium Prata Mixers, assinado pelas grandes mixologistas Stephanie Marinkovic e Adriana Pino. A Pink Lemonade possui em sua composição suco de limão siciliano natural, com notas de framboesa, água mineral e uma gaseificação abundante, com o objetivo de levar mais citricidade e frescor aos coquetéis.

Por falar em coquetéis, era impossível não notar o estande da Destilaria San Basile, de São Paulo, pela enorme quantidade de diferentes bebidas e variações criadas especialmente para atender às necessidades dos bartenders. Só na feira estavam sendo lançados 13 novos produtos. Conhecemos três vermutes, com destaque para o clássico italiano “Rosso” feito com três tipos diferentes de artemísia que lhe garante a autenticidade dos genuínos vermutes rossos que são a base para uma infinidade de coquetéis, como Negroni, Rabo de Galo, Manhattan entre tantos outros. E o Merlot Quinado, um vinho fortificado que tem como base o merlot tinto e que faz um resgate interessante do passado de produtores de Portugal e Itália que misturavam quina ao vinho para conferir à bebida um sabor levemente amargo com final frutado.

Falando em amargo, que tal essa dupla da Angostura? Famosa por seu bitter de laranja que é item obrigatório de bar porque abrilhanta uma infinidade de receitas de coquetéis, a empresa oferece outros tipos de bebidas, como o Amaro e o rum caribenho 1919, que provamos em receita clássica de drink com bastante gelo e limão. Permita-se às descobertas! Já era tarde quando passamos no estande da Johnnie Walker para sorver o Blonde, uma versão desse famoso whisky idealizada especialmente para a coquetelaria. Ele foi lançado no BCB do ano passado e voltou para essa edição com estande bonito e dedicado.

Segundo dia

Começamos a maratona do segundo dia visitando o estande do distribuidor da Alexandrion, o maior produtor de vinhos e destilados da Romênia. Lá provamos o já famoso Alexandrion 7 Stars, um brandy equilibrado, obtido com destilado de vinho maduro e temperado com extratos naturais. O portfólio romeno é extenso, com vodka, gin, vinhos – inclusive da uva autóctone Feteasca – e os licores naturais Saber Elyzia, em diversos sabores que são ótimos para compor receitas de coquetéis (o de damasco é incrível). Tem ainda uma linha inteira de whiskies single malt da Carpathian produzidos com cevada romena e envelhecimento em barris de bourbon do Kentucky e acabamento em barris de vinho ou conhaque, dependendo do rótulo. Bem interessantes.

Antes de deixar o estande, provamos a cachaça Capucana, produzida em Piracicaba que está no portfólio brasileiro do grupo junto com o ótimo gin Arapuru. Ela é arredondada em barris de carvalho americano usados ​​primeiramente para Bourbon e em segundo uso com whisky turfado da icônica região de Islay na Escócia. Imaginem o resultado! Detalhe interessante é que esta cachaça só é vendida no exterior, mas há planos de ela ser lançada aqui no segundo semestre… Oremos!!

Falando em Bourbon, estivemos no estande da Jim Beam para provar a versão Rye (centeio) e aproveitar para degustar um Maker’s Mark e ouvir a palestra do especialista em whiskies, Bourbons e derivados Maurício Porto, do Caledônia. Como é bom receber conhecimentos de quem realmente entende do assunto.

Para não fugir do tema Bourbon, fomos conhecer no estande da importadora Aurora Fine Brands dois lançamentos da feira. Começamos pelo Eagle Rare, da Buffalo Trace Distillery do Kentucky. O Buffalo Trace tradicional foi lançado recentemente no Brasil, mas agora chegou a vez desse integrante premium da família. O Eagle Rare é um Bourbon feito de milho, centeio e cevada maltada, destilado em alambiques de cobre e envelhecido por 10 anos em barris de carvalho americano novos e carbonizados. O outro é o 1792 Small Batch, um Bourbon de centeio envelhecido em barris de carvalho americano da destilaria Barton 1792 no Kentucky. Um whiskey equilibrado e complexo, que certamente agrada a paladares mais sofisticados. Ambos estão simplesmente em outro patamar.

No estande da Aurora havia outros bons lançamentos. A vodka Tito’s Handmade, produzida em Austin, no Texas, é um sucesso de vendas nos EUA. É feita à base de milho e seis vezes destilada em pequenos lotes em tradicionais alambiques de cobre. Tem uma curiosidade: é a vodka dos amantes de cachorros, com selo de apoio estampado no gargalo. A outra novidade é a 1800 Milenio, uma tequila premium da José Cuervo. Criada no ano 2000 para comemorar a chegada do novo milênio, esta tequila requintada e exclusiva é um añejo extra, a classificação mais alta, envelhecido por mais de três anos em barricas de carvalho francês utilizadas para a maturação do conhaque. Tem um sabor suave e elegante, com notas de baunilha, avelã, frutas vermelhas e canela.

Por falar em tequila da José Cuervo, um dos maiores sucessos de marketing da marca e que causou filas nessa edição do BCB foi o bebedouro de tequila no seu estande. Do bico jorrava o drink Cuervo Paloma, que combina tequila com xarope de grapefruit. Irresistível!!!

Devidamente “hidratados”, fomos até o estande da Dewar’s para a apresentação do portfolio dessa que é a quinta maior marca de blended whisky do mundo e a líder do mercado de whisky escocês nos Estados Unidos. A diferença entre o de 12, 15, 18 e 25 foi devidamente explicada pelo bartender Alisson Oliveira em uma degustação guiada. Particularmente, me encantei com a versão 15, criada pela master blender Stephanie MacLeod que tem uma leveza herbal seca, excepcional, e pela versão 25, um blend daqueles whiskies especiais de barris empoeirados no canto da destilaria há décadas com versões mais novas. Simplesmente divino!

Na sequência, mantivemos o interesse em whiskies visitando o estande da Lamas, uma destilaria mineira que se destaca com diversos prêmios no mercado internacional. A linha é realmente muito interessante, com um blended e vários puros maltes envelhecidos em diferentes madeiras. Provamos todos e confirmamos que os juízes estão certíssimos! Valem a pena serem descobertos um a um.

Voltando aos corredores, nos deparamos com o estande da gaúcha Bebidas Chiamulera, que produz uma infinidade de bebidas e licores da marca Bid de bom custo/benefício. Na feira eles estavam lançando o Tequilero, uma versão inspirada no licor Ballena à base de tequila com creme de morango. Na foto, ele está escoltado pela tequila e pelo gin da marca.

Parada também no estande muito bacana de outra destilaria mineira, a YVY, exibindo os diversos ingredientes naturais de suas bebidas, onde fizemos uma prova de sua linha de gin-tônica prontos para beber, da sua vodka e das três versões de gin: Mar, Terra e Ar. Uma metáfora curiosa do momento por que passa a destilaria, que agora tem seus produtos distribuídos nacionalmente pela Ambev, inclusive no Zé Delivery. Aliás, a multinacional focou no BCB em apresentar seus produtos prontos para consumo, como Mike’s Ice, Isla, Beats, Beefeater Gin & Tonic e Tônica Antártica.

Quem pensa que no BCB só tem bebida acertou na metade. Prova disso foi o estande da Tuaq que comercializa uma espécie de prensa que molda uma pedra bruta de gelo em formatos quadrados, redondos, de esfera…  perfeitos! Um excelente brinquedinho para quem gosta de fazer coquetéis em casa não só pela estética como também pela funcionalidade, pois o gelo nesse formato se dilui com menos rapidez, preservando o aroma e o sabor do drink por mais tempo. Para provar a teoria na prática, degustamos um Negroni pronto da Bitter & Co. com um gelo esfera. Deu match!!!!

Bem próximo estava o estande da Bacco Spirits, que tem uma vodka famosa, mas que começou lá atrás com uma receita de família de Limoncello. Para honrar esse DNA, ela lançou na feira um licor de avelã de nome autoexplicativo: Nutelka.

Pegando carona no tema licores de avelã, estivemos no estande da Britvic Brasil, que apostou na marca francesa de xaropes Mathieu Teisseire – com o lançamento do sabor avelã, que é o n°1 na França – e em promover degustações e experiências imersivas. Participamos de uma exclusiva com o Brand Ambassador, Ricardo Barrero, que nos fez elaborar um xarope a partir de essências e óleos naturais de limão. E depois transformar a amostra em um coquetel mais do que personalizado: Sensacional!!! E para finalizar, ainda tomamos um coquetel chamado Morning Jungle (vodka com infusão de jussara e cereja do norte, xarope de gengibre, suco de limão siciliano e soda) preparado pelo parisiense Nico de Soto, considerado um dos bartenders mais influentes do mundo, dono do bar Mace, em Nova York, 18ª colocado no 50 Best Bars North America. Très bien ou very good?!

Por falar em coquetéis especialmente preparados para nós, tivemos uma ótima experiência nesse sentido no estande da Underberg do Brasil. Além de apresentar duas novidades, o ótimo gin Semper e o licor Gurktaler, feito de ervas naturais dos Alpes austríacos, fomos literalmente brindados com o drink “Galo Mestiço” utilizando o bitter “Brasilberg” feito pela bartender Mariana Pina, que acabara de ser campeã por equipe do concurso Rabo de Galo. Adoramos o privilégio!

Exaustos e com alto teor alcóolico no sangue nos despedimos do BCB dando uma passadinha final novamente no estande da cachaça Famigerada. Haroldo, o mestre e proprietário da marca, com sua extrema simpatia nos serviu mais uma dose da sua cachaça Bálsamo e ainda tirou lá do cantinho uma cerveja, feita em colaboração inédita com a cervejaria Mountain Brew. A Dabru, Natural Old Ale Unfiltered é uma cerveja forte, escura, do estilo Old Ale inglesa inspirada em uma receita da cervejaria Eldridge Pope criada em homenagem ao escritor Thomas Hardy, mas que foi abrasileirada por um amadurecimento em carvalho de barris de cachaça da Famigerada. Um casamento precioso…

É claro que não deu para o Portal Mesa de Bar passar em todos os estandes e provar centenas de bebidas, mas o nosso tour pelos dois dias de feira e as impressões descritas aqui atestam a excelência, a variedade e o vigor do segmento de bebidas e da coquetelaria nacional e a certeza de que o Brasil tem uma feira representativa à altura. Mal podemos esperar pela próxima… Parabéns!