Preparamos um especial com informações e entrevistas exclusivas sobre a 11ª edição do Mestre Cervejeiro Eisenbahn
Atenção cervejeiros caseiros e fãs de artesanais de todo o Brasil: vai começar a 11ª edição do Eisenbahn Mestre Cervejeiro. Preparamos um especial com informações e entrevistas exclusivas com figuras-chaves das edições anteriores para ajudar os competidores e fãs a aproveitarem melhor o que o concurso oferece. Aliás, o prazo para envio das amostras de Vienna Lager, rótulo tema dessa edição, se encerra agora, dia 24 de abril. Portanto, é correr e torcer!
As amostras serão submetidas à análise da equipe de sommeliers e mestres cervejeiros do Instituto da Cerveja Brasil (ICB), parceiros da marca e que já fazem parte da história do programa. Os critérios para a escolha dos participantes levarão em conta a cor, amargor e o teor de álcool das amostras. Além disso, os produtores caseiros poderão enviar um vídeo contando curiosidades sobre o que acontece nos bastidores dos processos artesanais. Serão escolhidos cinco participantes que irão direto para a final.
O reality, que foi cancelado no ano passado por conta da pandemia da covid-19, volta este ano em novo formato totalmente digital e contará com um finalista de cada região do País. Além disso, o programa irá proporcionar uma interação maior nas redes sociais, com a criação de um grupo no Facebook para que os inscritos de diferentes cidades troquem informações.
“Há 10 anos a Eisenbahn vem investindo no concurso Eisenbahn Mestre Cervejeiro, que valoriza o mercado de cervejas artesanais e os microcervejeiros. A marca entende que é importante dar visibilidade ao segmento e estimular o consumo de novos estilos. Este ano vamos para a 11ª edição e vimos o quanto construímos credibilidade, tradição e aderência no universo cervejeiro, por meio desta iniciativa da marca”
Eduardo Picarelli, diretor de marketing da marca.
A Eisenbahn irá disponibilizar no canal do Mestre Cervejeiro no Youtube informações dos concorrentes para os fãs do reality e o público interessado na competição os conhecerem melhor. Além do que, o canal também transmitirá a grande final.
O vencedor terá a oportunidade de ter seu rótulo lançado pela Eisenbahn e, após este período de pandemia, ganhará um tour cervejeiro pela Alemanha.
Para saber mais, acesse: https://mestrecervejeiro2021.com.br/ e para se inscrever acesse o site: https://mestrecervejeiro2021.com.br/
Dicas importantes
O Portal Mesa de Bar preparou especialmente e com exclusividade um conteúdo com entrevistas de figuras-chaves das edições anteriores para ajudar os competidores e fãs a aproveitarem melhor o que o concurso oferece. Confira:
Juliano Mendes Bia Amorim
JULIANO MENDES
Juliano Mendes criou em 2002, em Blumenau (SC), a Eisenbahn, praticamente desbravando o segmento das cervejarias artesanais no Brasil. A marca se consolidou a tal ponto que foi adquirida pela Schin em 2008, que depois foi comprada pelo Grupo Heineken. Juliano continuou prestando assessoria para a marca, principalmente no que se refere ao concurso. Atualmente ele montou uma fábrica de queijos, mas não abandona a sua paixão pela cerveja.
É uma satisfação ver que o concurso continua e o interesse pela cerveja artesanal só aumenta no Brasil?
Uma satisfação enorme. Quando a gente volta no tempo, lá em 2002, ano em que fundamos a Eisenbahn, e vemos tudo o que está acontecendo hoje, chega a ser inacreditável. O interesse do consumidor e consequente oferta de cervejas especiais de lá pra cá só aumenta, mudando radicalmente o mercado de cervejas como um todo. E o Mestre Cervejeiro presta um importante serviço em todo esse processo de construção desse segmento. Ele leva informação de forma fácil e divertida, com uma boa dose de entretenimento, além de valorizar muito esses apaixonados que, com poucos recursos técnicos, fazem cervejas maravilhosas nas panelas em casa.
Quais são os planos para não só para a cerveja vencedora do concurso, como também para o portfólio da Eisenbahn?
A cerveja vencedora é produzida na planta da Eisenbahn e o criador da receita tem seu nome escrito no rótulo. Acredito ser esse um prêmio super motivador para quem se aventura na produção de cervejas em casa. Muitos passam daí, de um hobby, para profissão. Para ver o impacto que o concurso tem na vida dos participantes. Normalmente a cerveja vencedora não entra na linha da Eisenbahn, sendo produzida uma vez como edição especial e limitada.
Como está a sua produção dos queijos? Que tal uma sugestão de harmonização com as cervejas?
Está muito legal. Assim como amamos cerveja, amamos queijo também. E quando se trabalha com algo que se ama, a satisfação é sempre enorme. A gente criou uma marca que procura fazer queijos de forma honesta, tradicional e inovadora ao mesmo tempo. Fazemos queijos de verdade, assim como fizemos com a Eisenbahn lá em 2002. Entendemos que isso é o que nos diferencia e nos leva mais longe, a exemplo do patamar que a Eisenbahn chegou. Os desafios são enormes, mas seguimos levando ao consumidor queijos feitos exatamente da forma como achamos que o mercado merece. Uma harmonização que adoro é do nosso queijo Vale do testo com Eisenbahn Pale Ale.
BIA AMORIM
Bia Amorim foi jurada do Eisenbahn Mestre Cervejeiro e sabe como poucos o caminho das pedras. Ela já trabalhou como garçonete, bartender, compradora em restaurante, representante comercial, gerente de marketing de grande cervejaria, professora, escritora e outras mil e uma atividades. Atualmente é uma das mais conceituadas sommelières de cervejeira do país, além de ser Consultora de comunicação na Startup Brewing e editar a revista Farofa Magazine. Bia é, sem dúvida, referência no mercado de cerveja artesanal.
O que você diria do estilo Vienna Lager?
O estilo Vienna Lager é uma carta na manga. Talvez não seja aquela cerveja que muita gente conhece, mas deveria conhecer. Torci muito para que fosse escolhido e ganhasse a votação na última temporada. Como é uma lager, tem notas sensoriais muito diretas e delicadas. O maltado é quase uma fronteira, onde o dulçor beija o amargor. Ótimo drinkability e corpo, além de ter a porcentagem alcoólica baixa. Muito gastronômica, vai bem com diversos pratos, mas se precisasse escolher um, ficaria com um croquete de carne, aquele da tigelinha de inox com um guardanapo que a gente come do boteco à feira.
Esse ano o concurso terá novidades?
Será mais digital, como a vida. Achei bacana ser reformulado e ter outras formas de encontrar o cervejeiro caseiro, mostrando as regiões deste país tão continental e cheio de sotaques. Juliano desta vez tem um trabalho difícil, mas com certeza terá ótimos parceiros.
Como foi para você participar desse concurso tão importante para o segmento cervejeiro?
A definição de brinde foi atualizada! Como sommelière de cervejas foi um lugar muito importante. É sempre gratificante poder comunicar sobre a cultura cervejeira, com a oportunidade de falar para tantas pessoas e observar o resultado, é ainda mais incrível ver que muita gente se interesse por entender melhor e ser mais consciente em seu consumo. Muita gente vem falar comigo até hoje sobre as primeiras temporadas. Ganhei amigos, aprendi muito sobre trabalhar com uma grande marca, como são os realitys e todo o trabalho que é preciso para construir um projeto tão grande, que já tinha uma importância para o mercado. Acredito que desde o primeiro ano a Eisenbahn entregou para as pessoas que gostam da cerveja um concurso que ajudou a contar a história deste segmento e gerou curiosidade quando mostrou ser possível fazer boas cervejas em casa! É importante que continue a evoluir e buscar esse público que tem sede de conteúdo, ciência, sabor e um tanto de diversão, que faz parte de beber e fazer cerveja.
Cláudio Botelho Ivan Tozzi
CLÁUDIO BOTELHO
O mineiro Cláudio Botelho foi o vencedor da última edição do reality Mestre Cervejeiro. A sua Session IPA batizada de “Hilda” em homenagem à sua avó, encantou os jurados e o público. Tanto que o lote que foi para o mercado como prêmio do concurso se esgotou rapidamente. Como em 2020 não houve o concurso por conta da pandemia, a Eisenbahn colocou um novo lote no mercado que igualmente se esgotou, comprovando a força do concurso no mercado.
O que de melhor você guarda da experiência de participar do concurso?
Guardo o troféu em casa!!!! HAHAHA… Brincadeiras à parte, com toda certeza, o que guardo de mais especial são as boas amizades que surgiram do programa, para citar algumas, com o grande mestre Sady Homrich e com o meu aprendiz lá, o Taz, bem como, é claro, todos os demais cervejeiros que concorreram comigo.
Depois do concurso, o que mudou para você na sua vida e na relação com a cerveja?
A principal mudança foi a chegada da pandemia. Isso afetou fortemente a vida das cervejarias e impediu, inclusive, a chegada da Hilda, minha session IPA campeã, a todas as regiões do Brasil, razão pela qual gostaria de me desculpar com todas as cervejeiras e cervejeiros que não tiveram a oportunidade de degustá-la. Para mim, esse período conturbado, e que ainda vivemos hoje, virou a chave do meu mundo para o digital! Hoje, por meio do meu Instagram @botelhocervejeiro, trabalho diariamente para levar, gratuitamente, conteúdo cervejeiro de qualidade a todos os amantes da artesanal e ajudar as microcervejarias a divulgarem seus produtos e lutarem contra a brutal queda de receita que sofreram.
O que você diria do estilo Vienna Lager e qual o conselho que você daria para quem deseja participar e vencer o concurso?
Vienna Lager é um estilo clássico da escola alemã, marcado pelo equilíbrio, e muito difícil de se encontrar hoje em dia. Meu conselho para quem quer participar do concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn deste ano é enviar a sua cerveja o quanto antes, pois já estamos a poucos dias do deadline da entrega das amostras. Para os demais, convido a provar, como referência do estilo, a Vienna Lager que produzi em parceria com a cervejaria Capistrana, de Diamantina (MG), que foi muito bem avaliada no último Concurso Brasileiro de Cervejas realizado em Blumenau, em março desse ano.
IVAN TOZZI
Ivan Tozzi venceu em 2017 o reality show e teve sua receita de American Pale Ale (APA) produzida e distribuída pela Eisenbahn. Hoje, o jornalista é sommelier de cervejas palestrante e professor de cursos especializados no segmento e tem sua própria cervejaria, a Three Hills, que produz ótimos rótulos com nomes de mulheres.
O que de melhor você guarda da experiência de participar do concurso?
Participar do Eisenbahn Mestre Cervejeiro foi uma experiência única em minha vida. Eu que sempre fui um cervejeiro mais solitário nas brassagens, fiz amizades durante o programa, aprendi muito na troca de informações com os cervejeiros. Mas acho que o principal de tudo foi ter a oportunidade de ver onde eu precisava melhorar, estudar para me tornar um cervejeiro mais completo. Não posso deixar de dizer que a experiência da viagem para a Alemanha também foi inesquecível.
Depois do concurso, o que mudou para você na sua vida e na relação com a cerveja?
Simplesmente tudo. Em primeiro lugar fiquei conhecido, acabei virando uma referência para os cervejeiros que estavam começando. Isso pra mim no começo pesou muito. Eu que gosto de conversar, ouvir, aprender, estava numa posição que me assustou um pouco no começo. Ficar conhecido pelo Brasil, ir em bares e ser reconhecido, mesmo em outros estados. É um pouco assustador no começo, mas depois vi isso como um grande presente que recebi. Agora o que mudou de fato foi meu trabalho. Eu já tinha vontade de trabalhar com cerveja, mas minha ideia é de que demoraria um pouco mais. Eu sou jornalista de formação e trabalhava numa grande rede varejista. Após o programa eu acabei acelerando meu processo de mudança de carreira. Hoje trabalho diretamente com isso. Fazendo eventos como sommelier, cursos, palestras e tenho minha marca de cerveja cigana.
O que você diria do estilo Vienna Lager e qual o conselho que você daria para quem deseja participar e vencer o concurso?
Cervejas lagers de uma forma geral precisam de muita atenção e cuidado. Destaco aqui o controle de temperatura que deve ser rigoroso, uma fermentação bem realizada com uma quantidade correta de leveduras e cuidados para não gerar off-flavors. Outra dica é tomar bastante cuidado com as estatísticas do estilo. O primeiro grande teste é acertar o teor alcoólico, cor, amargor, etc. Sugiro nunca trabalhar no limite do que pede o estilo, é muito comum ótimas cervejas serem eliminadas por uma pequena margem de diferença. Ah sim, e tome muita vienna lager, principalmente as que forem referência.