A Casa Scalecci traz rótulos para o Brasil e deseja conquistar os que apreciam a tradicional produção italiana da costa siciliana

Gosta de um bom vinho italiano? Então compartilhe conosco a experiência proporcionada pela Casa Scalecci, que nos convidou para uma degustação de quatro vinhos de seu portfolio em um jantar na tradicional cantina C Q Sabe!, no bairro paulistano da Bela Vista.

Mergulhar na tradição italiana da boa mesa é sempre uma delícia. A começar pelos vinhos. A Casa Scalecci é um belo exemplo de vinícola italiana que resgatou a tradição familiar de produzir vinhos há mais de 200 anos na Sicília para os dias de hoje, renovando aqueles conhecimentos e a arte de elaborar um bom vinho explorando o terroir local.

A região onde as vinhas são cultivadas estão em harmonia com o que a produção de um bom vinho exige. Uma rica combinação entre um solo calcáreo com a mineralidade pétrea (que permite que água escoe com facilidade) e a proximidade do oceano, que fornece aquela brisa marinha e as variações de temperatura que imprimem uma mineralidade bastante apreciada pelos amantes de um bom vinho.

Rosário Assennato, o proprietário atual da Casa Scalecci, ampliou os planos de seus antepassados e aumentou ainda mais a capacidade de produção da vinícola. Sua filha Patrizia, continua expandindo as terras da família. A vinícola, localizada no coração da Sicília e banhada pelo sol mediterrâneo, tem uma produção controlada que prima pela qualidade, não pelo volume. O objetivo é tornar a vinícola uma empresa exportadora e atender às demandas locais e internacionais, mas sem perder suas raízes.

A degustação

Na Cantina C… Que Sabe!, pioneira no conceito de cantina, ícone da gastronomia italiana em São Paulo e um lugar ideal para se comer e beber o melhor da tradicional cozinha italiana, fomos recebidos com carinho pelo chef Bruno Stippe, reconhecido e laureado pela FIC (Federação Italiana de Chefs) órgão oficial do governo italiano, pelo seu trabalho à frente da cozinha desde 1992.

Nem precisa dizer que ele pensou em como harmonizar os pratos de acordo com as características dos vinhos da Casa Scalecci. Por isso, logo na entrada foi servido uma Bruschetta com pasta de azeitonas pretas e mussarela de búfala coberta por molho pesto e uma salada de alface com molho rosé decorada com um belo camarão. Isso para harmonizar com o Aretè, um vinho excepcional, elaborado a partir de um blend de grillo (80%) e sauvignon blanc (20%), com um aroma e sabor frutado, onde a alta acidez e a mineralidade se fazem presentes, além de um teor alcóolico mais alto, de 14%, que dão a ele uma identidade única. Que vinho!

Aliás, vale a pena conhecer a variedade grillo, que é nativa e ancestral da Sicília. Os vinhos elaborados com esta uva apresentam coloração amarelo pálido com reflexos esverdeados e aromas de frutas cítricas, maçã, pera e amêndoas. É um vinho perfeito para acompanhar queijos leves, peixes, frutos do mar e, claro, entradas com um pouco disso tudo como fomos brindados.

Seguimos para uma segunda entrada, um duo de camarão e bacalhau empanados e fritos com um molho rosé para harmonizar com o Casa Scalecci Rosé 100% Petit Verdot, uma grata surpresa! A vinícola ousou em vinificar em branco uma seleção de uvas petit verdot para criar este vinho intrigante e fácil de beber. Ele tem um leve aroma de rosas e amadeirado, que também se estende ao sabor, com aquele tradicional gosto final de framboesa. Acompanha bem antepastos, peixes, carnes brancas e queijos não curados, mas também harmonizou muito bem com a ideia do chef Bruno, especialmente com o salgadinho do bacalhau.

O primeiro prato foi o tradicionalíssimo Nhoque ao sugo com bracciola para acompanhar o Massasaro Terre Siciliane IGT, produzido com as uvas nero d’ávola (70%) e cabernet sauvignon (30%). É uma viagem pelas terras da Sicília com aquela combinação de fragrância das ervas do mediterrâneo, com sabor de frutas vermelhas e especiarias mais picantes. Um ótimo vinho, elegante, seco e ácido na medida certa e também com a mineralidade característica do terroir e 13,5% de teor alcóolico. Ideal para harmonizar com carnes vermelhas e massas com molho ao sugo, como acertou o chef Bruno.

No prato final foi servido o tradicional Cabrito com brócolis e batatas. Segundo Bruno, o cabrito fica marinando por 24h no vinho e depois é assado por 4h em fogo baixo antes de ir para o prato. O mesmo cuidado se pode dizer do L’Angela, um petit verdot que descansa por três meses em barrica de carvalho francês, 12 meses em silos de inox e depois quatro meses em garrafa. Ele acaba absorvendo um pouco de tudo, combinando uma cor vermelha intensa, aromas florais, especiarias e tabaco e um sabor de frutas vermelhas com a mineralidade mediterrânea e 14% de teor alcóolico.

O alto teor de açúcar do Petit Verdot resulta em um vinho bastante tânico, com acidez moderada, constituindo uma opção ideal para harmonizar com queijos curados, massas ao forno e assados, como mais uma vez acertou o chef Bruno.

E para finalizar, o chef nos presentou com um Cannoli e um Tiramisú enquanto ouvíamos os trovadores que animam a casa a cantar: “Volaré, oh-oh… Cantaré, oh-oh-oh-oh… Nel blu dipinto di blu… Felice di stare lassù”, traduzindo exatamente o sentimento de “Feliz por estar lá em cima no céu azul da Sicília”.

Mais informações no site: https://casascalecci.com