O gin nacional Arapuru comemora a chegada às gondolas de lojas de grandes redes supermercadistas nacionais
O gin Arapuru comemora mais um passo em sua história. A bebida, que é feita a partir de 12 botânicos cuidadosamente selecionados dos cinco cantos do país, agora pode ser encontrada nas prateleiras de lojas de redes supermercadistas nacionais como Pão de Açúcar e Carrefour.
A abertura para mercados foi acelerada pela pandemia, quando os bares e restaurantes fecharam. Antes, este canal era pouco explorado e representava uma pequena fatia e, com o fechamento dos espaços públicos, acabou se tornando estratégico.
A virada comercial veio acompanhada de uma série de ações de endomarketing, que fortaleceram a equipe e ajudaram a marca a superar os danos econômicos causados e, também, de ações táticas de merchandising como degustação e promoções. Após o sucesso de vendas em redes regionais, como Mambo e St Marché, a bebida agora aterrissa nas gôndolas das lojas de redes nacionais.
“Estamos felizes em celebrar mais este passo e poder apresentar nosso produto para um público ainda maior”
Mike Simko, fundador da Arapuru.
Mike Simko
Três perguntas para Mike Simko
A trajetória do Arapuru começou em 2006, quando o mercado ainda não apostava no gin e seu consumo não era nem de longe o sucesso que é hoje. Mike Simko pediu a Rob Dorsett, criador de marcas premiadas como Martin Miller’s, Botanist e Sipsmith que o ajudasse a criar um gin com “alma brasileira”. O Portal Mesa de Bar entrevistou Simko para ele que contar aqui brevemente um pouco dessa história.
Como foi criar um gin no Brasil naquela época e ainda por cima com ingredientes brasileiros, que é uma tendência atual. Você foi duplamente visionário?
Acho que o principal foi que eu queria construir algo único. Uma bebida diferenciada, com qualidade e uma alma brasileira, a partir do uso de ingredientes das cinco regiões do Brasil. Fomos a primeira marca de gin a fazer isso. Nosso gin tem, obviamente, zimbro, sementes de coentro e raiz de angélica, mas acrescentamos imbiriba, que é uma canela brasileira do Nordeste, puxuri, uma noz-moscada da Amazônia, pacová, um cardamomo da floresta atlântica, bergamota do Sul, limão cravo, aroeira (pimenta rosa), louro e um hibisco brasileiro. E, finalmente, o caju, uma fruta com a doçura e o perfume do Brasil. Todos ingredientes são naturais, desidratados e macerados manualmente. Usar ingredientes nacionais hoje é uma tendência de mercado e nos sentimos orgulhosos em termos sido pioneiros nesse ponto. E continuamos sendo. Investimos 10% do nosso lucro no “Arapuru Apoia”, uma plataforma para incentivar a arte popular, os pequenos produtores, os coletores sustentáveis e, claro, a coquetelaria autoral.
A entrada em grandes redes nacionais significa uma nova etapa para o Arapuru?
Sim. Por mais que eu venda meu produto nos meus canais próprios e para o varejo regional, nada se compara a uma operação nacional. É preciso se associar aos grandes canais para a venda de volume e para estar presente em muitos lugares do Brasil. Por outro lado, os consumidores voltaram para os bares e restaurantes e o mercado amadureceu bastante. É preciso também apoiar o trabalho dos bartenders que estão buscando gins com o perfil do Arapuru, que entregam qualidade e um sabor bem brasileiro. Tudo isso garante um mercado maduro e mais sólido a longo prazo.
Muita gente errou quando previu que o gin seria uma moda passageira, mas ele continua firme e forte. Estamos enfrentando uma nova etapa de crescimento nessa pós-pandemia?
Sem dúvida. Na Europa o gin também continua crescendo e aqui no Brasil nem se fala. A pandemia despertou o bartender de cada um em casa e agora essas pessoas estão buscando novos gins para fazer novas receitas. Houve também uma explosão de consumo entre os mais jovens, que descobriram o gin tônica e agora querem outras novidades. Já há inclusive uma demanda por drinks a base de gin em lata. Tem muita coisa ainda por vir.
Mais informações no site https://arapuru.com.br/