A especialista em bebidas Carolina Oda considera que a vodka, o vermute e os não alcoólicos são os atuais destaques do mercado
Apesar dos impactos da pandemia, a vodka, o vermute e não alcoólicos são os que têm mais se destacado recentemente no mercado de bebidas. É o que defende Carolina Oda, especialista em bebidas e embaixadora do BCB São Paulo, a principal feira de destilados premium para profissionais que trabalham com bebidas em bares, restaurantes, hotéis e eventos no Brasil e na América do Sul.
Nos últimos dois anos, os setores de bares, restaurantes e coquetelaria passaram por mudanças nos hábitos de consumo, nos formatos de negócios, no foco das empresas e na divulgação de produtos. Não tivemos muitos dos tradicionais eventos e feiras, com a participação das grandes marcas, que possibilitassem aos profissionais do setor conhecer as novidades, lançamentos e tendências por conta das restrições da pandemia.
Entretanto, para a especialista, a vodka experimenta um movimento similar ao do gin – que foi esquecido por um tempo, mas retornou conquistando o público com suas diferentes versões, composições e ao servir de base para coquetéis variados. Devido à versatilidade similar ao do gin, a vodka também tem ganhado novas interpretações, principalmente com o lançamento de opções baseadas em processos de infusão com frutas e botânicos.
“Na Equipotel, maior evento de hospitalidade do país, que aconteceu em novembro, tivemos um espaço voltado para os bares e restaurantes, o BCB Xperience, e uma das marcas participantes apresentou, por exemplo, uma vodka infusionada com botânicos e baixo teor alcóolico que deve atrair novos consumidores”
Carolina Oda, especialista em bebidas e embaixadora do BCB São Paulo
Outro clássico que chama atenção é o vermute. A bebida é muito utilizada no preparo de drinks consagrados como o Negroni e o Manhattan, que entraram definitivamente “na moda” entre os adeptos da coquetelaria. O vermute, feito à base de vinho branco ou tinto, que antes era importado de países como a Itália, Espanha e outros com tradição em vinicultura, está sendo muito apreciado, seja puro com gelo ou em receitas conhecidas e nas autorais.
“A coquetelaria despertou um maior interesse na produção nacional do vermute, perceptível devido à demanda por ele junto às vinícolas brasileiras”
Carolina Oda, especialista em bebidas e embaixadora do BCB São Paulo
Segundo a especialista, vale destacar também a crescente produção industrial de bebidas não alcoólicas. Até pouco tempo atrás, os consumidores de bebidas com 0% de teor alcoólico tinham como alternativas apenas sucos, refrigerantes, águas saborizadas e chás. No entanto, recentemente, uma série de bebidas e receitas foram desenvolvidas para esse público e a ocupar espaço nos cardápios e também nas prateleiras dos supermercados, proporcionando inclusive diferentes experiências de coquetelaria para quem deseja fugir das receitas com álcool.
“Não se trata, necessariamente, de uma tendência como categoria, já que sempre existiu, mas muitas novas opções passaram a ser oferecidas pelo mercado. Temos, hoje, não apenas uma nova geração de consumidores menos aficionados ao consumo e efeitos do álcool, como também novas opções de bebidas sem álcool tão saborosas e bem apresentadas para os que não querem ou não podem consumir bebidas alcoólicas”
Carolina Oda, especialista em bebidas e embaixadora do BCB São Paulo
Carolina Oda é embaixadora do BCB São Paulo, a feira do setor de bebidas que é um dos principais pontos de conexão entre o setor e profissionais da coquetelaria, mixologia, bares e restaurantes. O evento presencial ganhará nova edição nos dias 21 e 22 de junho de 2022, no Expo Barra Funda, em São Paulo. Saiba mais em www.barconventsaopaulo.com.br.