A Brazilian Blonde Ale é uma cerveja colaborativa da AmBev, Lohn Bier e mais nove cervejarias criada com lúpulo de Santa Catarina
O avanço na produção de lúpulo nacional acaba de ganhar mais um capítulo. Em parceria com nove microcervejarias catarinenses, a ZX Ventures, o braço de inovação da Ambev, e a Lohn Bier estão lançando a Brazilian Blonde Ale, um rótulo feito com lúpulo brasileiro, produzido e cultivado pelo Projeto Hildegarda, na fazenda da AmBev, em Lages, Santa Catarina.
A escolha de ingredientes, definição de receita foi realizada em conjunto com cervejeiros e especialistas de todas as cervejarias participantes e a brassagem aconteceu na Lohn Bier.
“Nós criamos uma Ale com uma base de malte, corpo variando de leve a médio, e com uma levedura neutra para que os lúpulos catarinenses imprimam suas características. O resultado foi uma cerveja com bastante equilíbrio de malte e lúpulo – esse com nuance herbal e levemente cítrico, cortando o dulçor do malte, que remete a pão e amêndoa em terceiro plano”
Richard Westphal Brighenti, sommelier e fundador da Lohn Bier
A parceria envolve as cervejarias catarinenses Princesa Serra, Bier Letti, Frostbier, Eiswasser, Embaixada Bar, Cervejaria L’Jaica, Chopp do Zé, União Serrana e GuedBeer, além da Cervejaria Ambev e da Lohn Bier. Aliás, em agosto último foi lançada a Green Belly, uma Hop Lager em edição limitada feita também na Lohn Bier com o lúpulo colhido na mesma fazenda da AmBev na serra catarinense.
“Com altitude e temperaturas atípicas de um país tropical, nossa região é como se fosse um oásis, afinal, a natureza é sempre muito generosa. Ter lúpulo no Brasil com qualidade é cada vez mais realidade e agora o beneficiamento começa a nos dar oportunidade de ter esse importante ingrediente da cerveja em todas as datas do ano com o projeto Hildegarda”
Richard Westphal Brighenti, sommelier e fundador da Lohn Bier
Projeto Hildegarda
O Projeto Hildegarda foi lançado pela Ambev, no início do ano, com a proposta de fomentar o cultivo de lúpulo no Brasil, dado que o ingrediente indispensável para a produção das cervejas é, praticamente, 100% importado de países como Estados Unidos e Alemanha. Desde março, a companhia implementou uma lavoura experimental para testes de manejo e variedades, um viveiro com capacidade produtiva de 60 mil mudas ao ano e uma planta para o processamento do ingrediente.
A iniciativa prevê contribuir não somente com o desenvolvimento de lúpulo na região, como também com o apoio direto a pequenos produtores, oferecendo auxílio técnico e toda a infraestrutura da Fazenda de Lúpulo Santa Catarina, dentro da Cervejaria Ambev de Lages, incluindo o acesso à planta de beneficiamento do ingrediente.
“Estamos muito felizes em dar mais um passo tão importante e representativo para a cadeia cervejeira com a produção de um rótulo feito com lúpulo nacional, nascido de um projeto que busca agregar para todo o ecossistema, seja com o incentivo e fomento à cultura do lúpulo, seja com a possibilidade de geração de renda para a comunidade. Os agricultores terão totalmente à disposição tecnologia e estrutura para o processo de beneficiamento do lúpulo, transformando a planta em matéria-prima para ser comercializada. Além disso, 100% das mudas cultivadas serão doadas a pequenos produtores regionais”
Laura Aguiar, Head de Conhecimento e Cultura Cervejeira da Ambev
A expectativa é que, nos próximos meses, a planta piloto para processamento de lúpulo seja inaugurada e que 500 famílias sejam contempladas dentro do Projeto Hildegarda nos próximos cinco anos.